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Cisto no ovário: é perigoso? Quais os sintomas e tratamentos?

Você provavelmente já ouviu falar sobre cistos no ovário, mas você sabia que eles são, na verdade, bem comuns e não estão, necessariamente, relacionados a riscos de saúde? Apesar de ser muito comum receber esse diagnóstico com a palavra “síndrome” na frente, a verdade é que os cistos no ovário podem acontecer com qualquer pessoa — até com quem não tem SOP.

Neste conteúdo, a gente te conta melhor o que é o cisto no ovário, quais são as suas causas, se eles são indicativos de câncer e quando é ideal procurar uma ginecologista. Além disso, a Oya te explica direitinho como os cistos no ovário podem influenciar na sua fertilidade. Vamos juntas?

O que é cisto no ovário?

Os cistos ovarianos são saquinhos cheios de líquido que se desenvolvem nos ovários. Eles têm tamanhos variados, podendo ser menores do que um centímetro ou crescerem até mais do que dez centímetros. Mas pode ficar tranquila: em geral, são pequenos e não apresentam risco pra saúde.

Mulheres de qualquer idade podem apresentar cistos no ovário. Também por isso, eles não costumam ser associados à presença de uma doença. Não é incomum, inclusive, que os cistos desapareçam sozinhos no espaço de algumas semanas.

Cisto no ovário pode ser câncer?

Ao receber esse diagnóstico, é bastante comum sentir aquele medo: será que o cisto no ovário é câncer? Mas o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA estima que apenas 5% a 10% das mulheres com cistos no ovário precisam passar por cirurgia. Além disso, dessa porcentagem, apenas de 13% a 21% representam células cancerígenas.

Ter cistos no ovário não significa, necessariamente, um diagnóstico de câncer. Mas, caso essa suspeita seja levantada em exames de imagem ou pelo profissional de ginecologia, novos exames serão necessários para garantir se aquele cisto pode ou não ser um problema mais grave.

Cisto no ovário é a mesma coisa de ovário policístico?

Sim e não. A gente explica: a presença de cistos no ovário, sozinha, não caracteriza a síndrome do ovário policístico (SOP). Para ser diagnosticada com esse problema, uma pessoa deve apresentar uma série de sintomas, que serão, então, tratados em conjunto.

No entanto, evidentemente, pessoas já diagnosticadas com SOP também costumam apresentar cistos no ovário. Ainda assim, isso não é uma regra: quando acontece o tratamento da SOP e a pessoa leva uma vida equilibrada, pode ser que o ovário não apresente mais cistos.

O que causa cisto no ovário?

Como a gente explicou, os cistos no ovário são causados de forma natural e, em geral, não representam um risco para a saúde. A presença ou ausência desses cistos está ligada à menstruação. Mais especificamente, ao fato de aparecer antes ou depois da menopausa. A gente explica melhor:

Quando o cisto no ovário aparece antes da menopausa…

No período pré-menopausa, as fases do ciclo menstrual ainda estão acontecendo normalmente. Por isso, o cisto pode ser causado pela própria ovulação. Nesses casos, tendem a regredir sozinhos. É também por isso que é mais comum ter cistos no período da adolescência, quando os hormônios estão a todo vapor.

Outra causa comum é a formação de um teratoma, ou cisto dermoide, um tumor benigno formado por células germinativas. Esse tipo de célula é responsável por originar outras células em vários lugares do corpo. Por isso, nesse tipo de tumor, não é incomum encontrar cabelo, gordura e até dentes — tecidos que não seriam originalmente encontrados no ovário.

Por fim, o cisto no ovário pode ser causado por doenças ginecológicas, como a síndrome do ovário policístico e a endometriose. Infecções graves da pelve, massas benignas e câncer também são fatores que podem levar à formação de cistos. 

Quando o cisto no ovário aparece depois da menopausa…

Nesses casos, os cistos no ovário ainda não são, necessariamente, uma indicação de problemas graves. No entanto, as suas causas tendem a ser mais preocupantes, o que requer uma atenção especial pela ginecologista.

As causas podem ser relacionadas a massas benignas, acúmulo de líquido no ovário ou câncer. A formação mais natural e que tende a desaparecer sozinha já não é comum, uma vez que o ciclo menstrual já não acontece.

Quais são os sintomas do cisto no ovário?

Em geral, os cistos no ovário são assintomáticos, ou seja, não causam nenhum desconforto. Mesmo depois de identificados em exames de imagem, é muito provável que uma paciente saudável continue vivendo normalmente.

Há casos, porém, em que o cisto no ovário cresce além do considerado normal. Nessas situações, a pessoa deve ter acompanhamento ginecológico para investigar esse crescimento e pode experienciar sintomas, como:

  • Dores abdominais;
  • Dor na relação sexual;
  • Vontade de urinar com mais frequência;
  • Constipação;
  • Alteração na menstruação;
  • Inchaço;
  • Dificuldades para engravidar;
  • Sensação de estar cheia mesmo depois de comer bem pouco.

Pessoas que lidam com cistos no ovário muito grandes também correm um risco maior de torção do ovário. Nesses casos, o principal sintoma é uma dor intensa, que deve ser atendida com urgência. Ela também pode causar náusea e vômitos.

Quem tem cisto no ovário pode ter relações sexuais?

Em geral, sim. Quando o cisto no ovário não é muito grande, ele não causa incômodos e não impede nenhum tipo de relação sexual

No entanto, nos casos em que a pessoa apresenta um cisto no ovário maior do que o comum, pode ser que ela sinta dores durante a relação. Nessas situações, o ideal é procurar uma ginecologista. 

O ato sexual, em si, não é nenhum problema para o cisto. Mas o esforço excessivo pode favorecer uma torção, caso o cisto seja grande demais. 

Como tratar cisto no ovário?

O tratamento para o cisto no ovário pode ser feito a partir do uso de medicamentos, os métodos contraceptivos hormonais, como a pílula anticoncepcional. Isso porque esses métodos tendem a regular o ciclo menstrual e impedem a ovulação. Desse modo, os ovários deixam de produzir óvulos, o que favorece a diminuição do tamanho dos cistos.

Há casos, porém, em que é necessário realizar uma cirurgia para a remoção do cisto no ovário. Alguns exemplos de quando isso é recomendado são: 

  • Quando o cisto alcançou um tamanho muito grande, prejudicial para a qualidade de vida da pessoa;
  • Quando o cisto começa a impactar na fertilidade;
  • Quando há dor e pressão constantes, indicativos de maiores chances de rompimento do cisto;
  • Quando há suspeita de malignidade no cisto;
  • Quando a presença do cisto aumenta as chances de câncer ovariano.

Atualmente, há a possibilidade de fazer a remoção do cisto pela laparoscopia, uma intervenção pouco invasiva e mais rápida. Ou seja: o processo é menos arriscado e a recuperação, melhor.

A opção pela cirurgia também deve levar em consideração outros fatores, como a reserva ovariana da mulher e as suas chances de manter o ovário. 

Vale lembrar que a maioria dos cistos não requer nenhum tipo de tratamento e desaparece sozinha, em alguns meses. Por isso, vale a pena conversar com a sua ginecologista e entender qual é o seu caso e que tipo de tratamento é mais recomendado.

Como o cisto no ovário afeta a minha fertilidade?

De modo geral, a presença de cistos no ovário não é um indicativo de problemas de fertilidade feminina. Ainda assim, se você está tentando engravidar, mas não tá rolando, é uma boa investigar com a sua ginecologista se pode ter alguma coisa a ver com esses cistos. 

Em alguns casos, os cistos podem dificultar a concepção, já que interferem na menstruação e no processo natural de ovulação. Além disso, caso a pessoa com cistos precise passar por uma cirurgia, é preciso entender se os ovários também ficarão comprometidos, por exemplo. 

Ou seja: os cistos no ovário não são uma sentença de infertilidade, mas precisam ser investigados mais de perto. Seus efeitos variam de mulher para mulher, e apenas o acompanhamento ginecológico pode determinar os melhores caminhos a serem seguidos por cada uma.

Se você já tem cisto no ovário e quer entender melhor a relação entre esse diagnóstico e as suas chances de engravidar, agora ou no futuro, pode contar com a Descoberta da Fertilidade da Oya.

Nela, você realiza um exame AMH e é acompanhada de perto por uma equipe especializada e preparada para entender os seus objetivos e te ajudar a conquistá-los. A gente te explica como anda a sua reserva ovariana, até quando planejar uma gravidez natural é seguro e quais são as suas outras opções, desde o congelamento de óvulos até a fertilização in vitro. 

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