De acordo com o Ministério da Saúde, a pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais usado por mulheres brasileiras: o número corresponde a 25% da população. Embora seja um método com várias controvérsias, a verdade é que o anticoncepcional, quando usado de forma responsável e amparada por uma ginecologista, é seguro e muito eficaz.
Mesmo com essa popularidade e amparo científico, é normal que, antes de iniciar o tratamento, algumas inseguranças surjam. Por exemplo: será que existe um momento certo para começar a tomar o anticoncepcional? Por que ele é necessário? E o que fazer quando esse método não é o mais indicado pra você? A Oya Care te explica tudo isso neste conteúdo!
Existe uma idade certa para começar a tomar anticoncepcional?
Não. O que vai orientar o uso é a necessidade de cada pessoa. A pílula anticoncepcional é recomendada a partir de uma série de diferentes fatores de saúde, que devem ser avaliados por uma profissional médica ginecologista. Só depois de fazer todos os exames e avaliar o histórico médico da paciente é que a pílula pode ser indicada.
Em alguns casos, ela pode ser uma opção para pessoas que estão iniciando a vida sexual e não desejam engravidar; em outros, pode ser uma forma de tratar os sintomas de alguma doença ginecológica. De toda forma, porém, é fundamental ter em mente que, quando falamos em anticoncepcionais, não existe uma resposta universal e que vai se adaptar a todas as situações: é preciso avaliar, com calma, cada história.
Vale ressaltar, ainda, que a recomendação de iniciar um tratamento com um método contraceptivo hormonal, como a pílula anticoncepcional, deve levar em consideração o estilo de vida da paciente, as suas escolhas pessoais, e principalmente se existem contra indicações específicas. Embora a pílula seja o método contraceptivo mais usado no Brasil, muito por conta da facilidade de acesso, isso não significa que ela seja a mais indicada para todas as pessoas. Daí a importância de contar com uma ginecologista durante esse processo.
Em outras palavras, não é porque o método funciona para sua amiga que ele necessariamente vai funcionar para você — e vice-versa.
Como uma ginecologista avalia se é hora de iniciar o anticoncepcional?
A dúvida sobre o uso de métodos contraceptivos é comum na primeira consulta com a ginecologista. Caso você manifeste interesse em começar a tomar a pílula, espera-se que a sua ginecologista avalie:
- O seu histórico médico e de saúde, para saber se você tem ou não predisposição aos efeitos colaterais da pílula anticoncepcional, como a trombose;
- O seu estilo de vida, para garantir que você conseguirá se comprometer com esse método contraceptivo, garantindo sua eficácia;
- A necessidade de um contraceptivo hormonal, levando em consideração os seus níveis hormonais e as suas queixas.
- Os efeitos colaterais que cada um apresenta (sejam eles positivos, como reduzir acne para quem se incomoda com isso, ou negativos);
- Contraindicações específicas para cada tipo de pílula, de acordo com a história individual de cada paciente.
Depois de muita conversa e alguns exames, a sua médica será capaz de dizer com mais segurança se é hora de começar a tomar um anticoncepcional. Além disso, ela pode te oferecer outras opções além da pílula, como:
- A injeção anticoncepcional;
- O implante contraceptivo hormonal (Implanon);
- O DIU hormonal ou não hormonal;
- O adesivo anticoncepcional;
- O anel vaginal.
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Agendar consulta onlinePor que começar a tomar anticoncepcional?
A pílula anticoncepcional, assim como outros tipos de métodos contraceptivos, pode ser recomendada por uma série de motivos além da prevenção de uma gravidez indesejada. Abaixo, a gente te mostra quais são os mais comuns.
Mas lembre-se: a indicação de iniciar ou descontinuar o uso da pílula anticoncepcional deve ter o apoio de uma médica ginecologista. Assim, você garante que não está colocando a sua saúde em risco.
#1 Para minimizar os sintomas de uma doença ginecológica
A busca por um método contraceptivo hormonal, como é o caso da pílula anticoncepcional, costuma ter como motivação os sintomas de doenças ginecológicas comuns, como a endometriose ou a síndrome do ovário policístico.
Graças ao uso desses hormônios (simples ou combinados), esse tipo de método contraceptivo ajuda a minimizar sintomas que afetam o nosso dia a dia e que, para algumas pessoas, podem ser verdadeiramente incapacitantes, como:
- Cólicas menstruais muito fortes;
- Dores abdominais;
- Sintomas urinários/ intestinais
- TPM intensa; dentre outros.
Embora a pílula anticoncepcional não seja um tratamento para essas doenças, ela pode, sim, contribuir para a manutenção da nossa qualidade de vida e melhoria dos sintomas, para aquelas pacientes que desejam tentar utilizá-la.
#2 Para regular o seu ciclo menstrual
Assim como nos casos em que os sintomas de doenças ginecológicas atrapalham o dia a dia, há quem precise fazer o uso da pílula anticoncepcional para “regular o ciclo menstrual”.
Usamos corriqueiramente a expressão “regular o ciclo menstrual” para facilitar a compreensão do processo, mas o que a pílula hormonal faz, de fato, é interromper seu ciclo hormonal natural para inibir a ovulação — e, assim, impedir a gravidez. Sem ovulação também não é o crescimento do endométrio, um dos principais componentes do fluxo menstrual, e por isso o sangramento é mais leve para quem faz uso de anticoncepcional.
Sendo assim, aquele sangramento que ocorre no início de cada ciclo não é uma menstruação regular e sim o que chamamos de “sangramento de privação”. Ele acontece graças à redução dos hormônios no período de pausa da pílula.
Para pessoas que costumam lidar com a menstruação atrasada sem motivo aparente ou, por outro lado, têm o hábito de menstruar duas vezes no mês, ou ainda aquelas que sofrem com sangramentos excessivos e TPM severa, essa finalidade da pílula pode melhorar (e muito!) a qualidade de vida.
#3 Para parar de menstruar
Para algumas pessoas, a menstruação pode ser bastante incômoda e dolorosa. Por isso, optar pela pílula anticoncepcional de uso contínuo é uma forma segura de parar de menstruar — desde que seja acompanhada de perto por uma profissional de ginecologia.
Os motivos pelos quais uma pessoa opta por cortar de vez a menstruação (por um tempo ou definitivamente) são vários. Mas é essencial que essa decisão não seja tomada de forma autônoma, para garantir a sua saúde durante o processo, ok?
#4 Para não engravidar
O mais clássico de todos! Uma vez que têm uma base hormonal (em geral, estrogênio e/ou progesterona em versões sintéticas), a pílula anticoncepcional atua impedindo que a ovulação (fase do ciclo menstrual em que o óvulo é liberado) aconteça. Além disso, ela também causa o espessamento do muco cervical, a diminuição da motilidade das tubas uterinas e até a atrofia do endométrio, evitando a gravidez.
Para que seja eficaz, porém, é necessário tomar a pílula todos os dias, sempre no mesmo horário. Por isso, se você não costuma ter a disciplina necessária para lembrar do comprimido, esse pode não ser o método contraceptivo ideal para o seu caso.
Para não correr riscos, também recomendamos combinar a pílula com outros métodos contraceptivos, como a camisinha, para uma maior eficácia.
E se eu não quiser começar a tomar anticoncepcional?
Não tem problema! O uso da pílula anticoncepcional pode ser indicado pra você por uma ginecologista, mas, se você não gosta desse tipo de medicamento ou acha que não vai se adaptar a ele, fique tranquila: existem várias outras opções no mercado.
Se você precisa fazer uso do anticoncepcional por uma questão de saúde, pode explorar outros métodos contraceptivos hormonais, como os diferentes tipos de DIU ou mesmo o implante hormonal (Implanon).
Se, por outro lado, o uso da pílula seria motivado pelo desejo de adiar uma gravidez, você pode contar com vários outros tipos de métodos contraceptivos. Olha só:
- Os métodos contraceptivos de barreira não têm hormônios, mas são eficazes para impedir uma gravidez. O exemplo mais conhecido é o DIU de cobre;
- Os métodos contraceptivos naturais também não fazem uso de hormônios, mas demandam um maior conhecimento sobre o nosso próprio corpo;
- Por fim, os métodos contraceptivos definitivos impedem completamente uma gravidez, mas exigem uma decisão mais cuidadosa.
Não existe um método contraceptivo perfeito: existe aquele que é o mais indicado pra você! E ter informação te ajuda a ter mais autonomia para explorar essas opções e decidir aquela que faz mais sentido para o seu estilo de vida. Se quiser saber mais, você pode agendar uma consulta online com uma ginecologista da Oya para falar sobre os seus métodos contraceptivos. Do conforto da sua casa, você tira todas as suas dúvidas e ainda recebe uma cartilha com vááárias opções de métodos contraceptivos, para conhecer e decidir, ao lado de uma médica especialista, qual é o melhor pra você. Vamos juntas?