O Brasil é o país mais ansioso do mundo, de acordo com a OMS. Esse dado, sozinho, já bastaria pra gente afirmar: ansiedade não é frescura. Mas a verdade é que dá pra ir além: quando falamos de brasileiros ansiosos, existe uma disparidade enorme entre homens e mulheres.
O tema recebe bastante atenção da mídia, mas ainda gera várias dúvidas. O que é ansiedade? Como eu sei se estou ansiosa? Até que ponto sentir ansiedade é normal? A Oya te ajuda a entender um pouco mais sobre esse distúrbio. Vamos juntas?
Afinal, o que é ansiedade?
Considerada também como uma forma mais subjetiva do medo, a ansiedade é um transtorno psicológico e pode se manifestar de duas formas: como parte de um estado emocional, ou como uma patologia.
Quando é parte de um estado emocional, como quando ficamos um pouco nervosas antes de uma entrevista ou de um date, a ansiedade pode nem ser de todo negativa. Esse sentimento chega a ser até importante, e serve para nos ajudar a enfrentar situações de estresse ou de perigo.
O problema é quando a ansiedade do dia a dia passa a interferir no nosso cotidiano, nos impedindo de realizar tarefas e afetando nosso bem-estar geral. Se naquele sábado à noite você deixa de sair de casa para aproveitar com seus amigos porque está angustiada e isso se repete com frequência, é provável que esteja diante de um caso patológico dessa condição.
Neste texto, vamos focar na ansiedade patológica, ou seja, os transtornos de ansiedade, ok?
Quais são os tipos de transtorno de ansiedade?
Os transtornos de ansiedade podem ser divididos em alguns tipos. No entanto, somente um psiquiatra pode diagnosticar corretamente a ansiedade e definir quais tratamentos são ou não necessários.
Para te ajudar a entender melhor de que maneiras a ansiedade pode se manifestar, a gente fez essa lista. Olha só:
- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): um distúrbio que inclui ansiedade excessiva e preocupação com atividades ou eventos comuns, como saúde, família, dinheiro ou trabalho. Em diversos casos, o TAG pode afetar a rotina da pessoa, atrapalhando no trabalho, nos estudos e nas relações pessoais.
- Ansiedade social (ou fobia social): transtorno em que a pessoa se sente ansiosa ou com medo de enfrentar situações sociais. Esses sentimentos são causados por medo de ser julgado, de estar incomodando ou de ser considerado estranho. É a forma mais comum de ansiedade.
- Agorafobia: ansiedade de estar em locais ou situações em que possa ser difícil ou embaraçoso ir embora ou onde a pessoa sinta que está desprotegida. Alguns exemplos dessas situações são: ficar em locais cheios de gente, como shows, usar o transporte público e até mesmo sair de casa sozinho.
- Mutismo seletivo: mais comum em crianças, iniciando antes dos 5 anos de idade. É uma situação onde a pessoa sente dificuldade de se comunicar da forma esperada com pessoas que não são muito próximas, como na escola ou reuniões de família com avós e tios. Normalmente está associado à ansiedade social.
- Fobias: medo ou ansiedade que acontece diante de alguma situação ou de algum objeto específico. Alguns exemplos comuns são o medo de palhaços, de aranha, de altura, de andar de elevador, entre outros.
- Ansiedade de separação: medo ou ansiedade de sair de casa ou de se separar de figuras de apego. Além do medo de ficar sozinho, é comum que a pessoa também sinta a preocupação de que aconteça alguma coisa ruim com ela ou com alguma figura de apego, impedindo que se reencontrem.
- Transtorno de Pânico: é diagnosticado em pessoas que apresentam ataques de pânico espontâneos e inesperados. Como essas manifestações são imprevisíveis, muitas pessoas podem apresentar ansiedade intensa entre os episódios.
A gente sabe que alguns fatores de ansiedade são exclusivos das mulheres. Um exemplo é o medo de engravidar (ou de não conseguir engravidar). Nesses casos, a Oya tá do seu lado!
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Conheça nossos serviçosE quais são os sintomas da ansiedade?
A ansiedade patológica, também chamada de ansiedade tóxica, pode ser percebida por alguns sintomas, como:
- Cansaço frequente por causa do pico e da queda de energia;
- Sensação de nervosismo, irritação e de que chegou no seu limite;
- Sensação de perigo iminente, pânico ou desgraça;
- Não conseguir relaxar, mesmo quando as coisas vão bem;
- Coração acelerado;
- Respiração rápida (hiperventilação), suor excessivo e até tremores;
- Dificuldade de concentração;
- Problemas para dormir;
- Problemas gastrointestinais.
Vale lembrar que conhecer os sintomas é fundamental para entender que ansiedade não é frescura, mas, para que haja um diagnóstico da doença, você precisa procurar um médico.
Acho que tenho ansiedade. Qual médico eu procuro?
A gente já falou: ansiedade não é frescura. Por isso, se você está desconfiando de que pode sofrer desse mal, vale a pena procurar um profissional de saúde.
Geralmente, esse tipo de transtorno é tratado com um psiquiatra. Esse profissional é responsável por fazer o diagnóstico e fornecer as receitas dos medicamentos. Além disso, é provável que você precise do acompanhamento de um psicólogo.
É importante destacar que outros profissionais de saúde podem ajudar a chegar nesse diagnóstico. Isso porque alguns sintomas comuns da ansiedade, como dores no estômago ou desarranjos intestinais, podem levar a pessoa atingida a buscar ajuda em outros lugares.
Além do diagnóstico correto, o tratamento de ansiedade demanda uma combinação de práticas terapêuticas, que podem incluir o uso de medicamentos, a psicoterapia e outras soluções auxiliares, como:
- Exercícios de autoconhecimento: que consistem em anotar seus pensamentos e sensações diante de situações de aflição;
- Relaxamento progressivo de Jacobson: técnica que parte do controle dos músculos para compreender a diferença entre tensão e relaxamento;
- Respiração e relaxamento: que pode ser feito usando técnicas de meditação, úteis para manter a pessoa no presente e também prevenir e amenizar ataques de pânico.
Manter uma boa alimentação e buscar uma vida saudável com a prática de exercícios também são ótimos exemplos de como controlar a ansiedade. Afinal, ajudam a diminuir os problemas causados pelos sintomas da doença.
Como ajudar alguém que sofre de ansiedade?
Repetimos várias vezes que ansiedade não é frescura porque desmerecer essa condição e tratá-la como algo de pouca importância ainda é uma prática comum. Ao ouvir isso, uma pessoa ansiosa pode ter mais dificuldade de encontrar o diagnóstico e ajuda que precisa, além do risco de ter o quadro agravado pela pressão que sente em se mostrar bem e esconder aquilo que está incomodando.
Em outros casos, por não saber muito bem como ajudar, familiares e amigos podem recorrer a clichês, frases, conselhos vazios, como “tenta se acalmar”, “todo mundo sente isso”, “se Deus quiser logo passa”. Apesar de carregadas de boa intenção, essas sentenças tendem a causar mais ansiedade e piorar a situação.
Se sua amiga tivesse quebrado o braço, por exemplo, você não iria dizer para ela se distrair da dor até passar, certo? No caso de quem sofre de ansiedade é a mesma coisa: a pessoa ansiosa precisa de ajuda médica. Amigos e familiares podem ajudar com a escuta sem julgamentos, o acolhimento e o suporte nas atividades do dia a dia naqueles momentos de crise intensa.
Mulheres são muito mais ansiosas do que homens?
A verdade é que, sim, mulheres são as mais afetadas pelos transtornos de ansiedade. Mas os motivos para isso são muito complexos e nem sempre estão ligados a fatores biológicos.
A ciência comprova: analisando 48 artigos publicados sobre ansiedade e depressão, pesquisadores da Universidade de Cambridge chegaram à conclusão de que o transtorno de ansiedade é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. E pasme: esse resultado independe de fatores como a classe social, a etnia e a localização.
Falando especificamente sobre o Brasil, um estudo realizado com pessoas entre 18 e 35 anos de idade identificou que mulheres apresentaram maior prevalência de ansiedade. Entre elas, 32,5% sofrem da doença, um número bastante significativo quando comparado aos 21,3% dos quadros clínicos em homens.
Algumas das motivações para isso são as pressões sociais criadas pelos múltiplos papéis que mulheres desenvolvem, a discriminação de gênero e fatores associados a pobreza, fome, desnutrição, violência doméstica e abuso sexual.
Ansiedade, Covid-19 e as mulheres: qual a relação?
Não bastasse já sermos mais propensas a desenvolver o transtorno de ansiedade, a pesquisa Women’s Forum, realizada pela Ipsos, apontou que a crise do Coronavírus teve um impacto significativo no bem-estar das mulheres.
No estudo, 3.500 participantes identificaram, a partir de uma listagem, quais situações estavam vivenciando como consequência da Covid-19. Alguns dos principais achados da pesquisa foram:
- 59% das mulheres disseram estar com ansiedade, depressão e/ou esgotamento, contra 46% dos homens;
- 73% das mulheres afirmaram ter medo do futuro, contra 63% dos homens;
- 49% das mulheres afirmaram não dedicar tempo suficiente para verificar se estão em boa saúde, contra 43% dos homens;
- 46% das mulheres disseram que sentiam que não tinham ajuda de ninguém, contra 43% dos homens;
- 46% das mulheres alegaram sentir que faziam mais do que os outros para ajudar as pessoas frágeis ao seu redor, contra 40% dos homens;
- 52% das mulheres e 55% dos homens concordaram com a frase: “Você não pode ter tudo, se você quiser ser uma boa mãe, você tem que aceitar sacrificar parcialmente sua carreira profissional”.
Com esses resultados, podemos perceber que, desde o início da pandemia, nós fomos mais afetadas pelo estresse, pelo medo e pelo sentimento de desamparo do que os homens.
Além disso, algumas mulheres mais sobrecarregadas com a casa, os filhos e o trabalho e sofreram com o esgotamento (no dia a dia e no trabalho, com a fadiga de Zoom). Além disso, perderam um pouco da autoconfiança em alguns aspectos da vida pessoal e social.
A ansiedade pode afetar a fertilidade?
A gente não cansa de repetir: a fertilidade feminina pode ser influenciada por vários fatores. Alguns exemplos são: idade, frequência e momento das relações sexuais, procedimentos ginecologicos anteriores e estilo de vida. Além disso, porém, a ansiedade também pode afetar as chances de engravidar.
Hábitos e transtornos associados à ansiedade e à depressão podem ter efeito negativo na fertilidade feminina (e masculina!). Isso porque uma vida com muito estresse e sem hábitos saudáveis acaba resultando em irregularidades hormonais, que:
- afetam o ciclo menstrual,
- geram alterações ovarianas, seja na produção de óvulos, na ovulação e até na diminuição da reserva ovariana;
- geram modificações na receptividade do endométrio, onde o óvulo fecundado se fixa para o desenvolvimento do bebê, nas tubas uterinas e útero.
O assunto pode ser ainda mais delicado para as tentantes, já que essa fase costuma gerar expectativas. Por isso, pensando exatamente em evitar que o estado ansioso evolua para um quadro patológico, é essencial que haja acompanhamento psicológico.
Alguns sintomas que podem acender um alerta são perda de libido, dor na relação sexual e alterações no ciclo menstrual.
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O papo sobre fertilidade, gravidez e filhos pode gerar uma expectativa negativa em algumas mulheres. Seja porque você ainda não sabe se quer ser mãe, seja porque tem muito medo de engravidar agora, a gente te ajuda a lidar melhor com esses sentimentos. Olha só:
A ideia de ser mãe me deixa ansiosa
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Ao lado de uma equipe especializada em ginecologia, a gente te ajuda a entender que não existe anticoncepcional certo ou errado: existe aquele que funciona pra você, e te deixa segura pra ter liberdade sexual sem medo de uma gravidez.
Não consigo engravidar e fico ansiosa
Se você está tentando, mas não está rolando, pode ser hora de buscar ajuda profissional. O processo de tentar engravidar pode ser fonte de um monte de medos e ansiedades, mas não é preciso passar por tudo isso sem ajuda e sem entender por que a gravidez não rola.
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