Você provavelmente já ouviu falar sobre o vírus do herpes. Afinal, ele é super comum e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 90% dos brasileiros vai ter contato com ele pelo menos uma vez ao longo da vida. Mas você sabia que existem vários tipos de vírus do herpes? O herpes labial é o mais conhecido, mas e o herpes genital — qual é o tratamento?
Neste post, a Oya te conta tudo o que você precisa saber sobre o vírus herpes tipo 2, que transmite o herpes genital: o que é, quais são os sintomas e, mais importante, qual o tratamento seguro. Vamos juntas?
O que é herpes genital?
O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo vírus herpes simples do tipo 2 (HSV-2). Em alguns casos, pode ser causada pelo tipo 1 do vírus, que também causa o herpes labial, mais conhecido.
A transmissão do herpes acontece por meio do contato direto (por exemplo, com o sexo desprotegido) com a ferida de uma pessoa infectada. Por isso, é essencial o uso da camisinha e o cuidado sexual nas relações, mesmo quando falamos de vulva com vulva.
O herpes genital não tem cura e é especialmente perigoso para mulheres que desejam engravidar, já que pode causar problemas graves de saúde para o bebê.
Quais são os sintomas do herpes genital?
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 13% e 37% das pessoas infectadas com o herpes genital apresentam sintomas. Em geral, o período de incubação (ou seja, de “dormência”) do vírus pode durar de 6 a 15 dias.
A gente nem sempre sabe que teve contato com uma pessoa infectada com o herpes genital. No entanto, você deve ficar alerta se começar a apresentar coceira, formigamento e dor no quadril, pernas e nádegas. Esses sintomas precedem a doença e acontecem em 50% das pessoas com herpes genital.
Além deles, há também os sintomas mais comuns e característicos da doença, como:
- Vermelhidão;
- Bolhas;
- Úlceras (aqueles machucados abertos, sabe?);
- Dor ao urinar;
- Dor de cabeça;
- Nódulos na virilha (também chamados de “íngua”).
Se você apresenta um ou mais desses sintomas, é fundamental procurar o auxílio médico de um/a ginecologista.
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Agendar consulta onlineQual o tratamento para herpes genital?
O tratamento para herpes genital depende do tipo de infecção. Ou seja: se é a sua primeira vez manifestando a doença (o que os médicos costumam chamar de “infecção primária”), ou se essa já é uma infecção recorrente.
Essa diferença existe porque está relacionada à imunidade da pessoa antes de apresentar sintomas. Na infecção primária, essa pessoa não tem nenhum anticorpo contra o vírus (tipo 1 ou tipo 2). Na infecção não-primária (ou recorrente), é mais provável que a infecção seja com o vírus tipo 2, e que a pessoa já tenha anticorpos para o tipo 1.
Além disso, um estudo apontou que pessoas com outras ISTs têm mais chances de terem anticorpos para o vírus do herpes genital. Assim, a identificação da doença também pode ser mais difícil.
A gente te explica como funciona o tratamento para herpes genital em cada caso. Confira!
Tratamento para herpes genital: primeira infecção
A ausência de anticorpos para o vírus da herpes faz com que os sintomas da primeira infecção sejam mais acentuados, o que possibilita iniciar o tratamento mais rapidamente.
Em geral, esse tratamento é feito com um antiviral. Para aliviar os sintomas durante o tratamento, costumam ser usados analgésicos comuns, além de banhos de assento (técnica em que a pessoa senta em uma bacia de água por alguns minutos).
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Agendar consultaTratamento para herpes genital: infecção recorrente
Nas infecções recorrentes, os sintomas costumam ser mais leves. Esse tipo de infecção é comum porque os antivirais não são capazes de erradicar totalmente o vírus do organismo. E, como o vírus da herpes tende a se “esconder” nos nervos, ele pode ser reativado no futuro.
Um exemplo é o herpes labial, mais conhecido, que só espera a nossa imunidade baixar — como nos períodos de maior estresse — para voltar a aparecer.
O tratamento para herpes genital recorrente também é feito com antivirais, com o objetivo de diminuir os sintomas, o risco de recorrência e o risco de transmissão. Nesses casos, há duas possibilidades de tratamento:
- Terapia episódica: a pessoa infectada inicia o uso do antiviral por conta própria (mas sempre orientado por um/a médico/a!) logo no início dos sintomas;
- Terapia de supressão crônica: a pessoa infectada faz um tratamento contínuo com o antiviral, para tentar diminuir a reativação do vírus e o risco de transmissão. Costuma ser mais recomendada para quem tem muitos casos por ano (seis ou mais) ou quer diminuir as chances de transmitir a infecção para o seu par.
Posso usar tratamentos caseiros para herpes genital?
Sim, mas só como uma ajudinha no alívio dos sintomas do herpes genital. Alguns exemplos são:
- O extrato de própolis;
- Alho;
- Óleo de rícino;
- Chá de camomila;
- Óleo de melaleuca;
- Chá de amora.
Essas substâncias podem contar com propriedades anti-inflamatórias e antissépticas, o que ajuda a diminuir os sintomas, na cicatrização e no combate ao vírus. No entanto, é importante consultar um médico antes de iniciar qualquer tratamento com esses medicamentos caseiros, tá?
Vale lembrar que você também deve evitar o uso de sabonetes na lesão e roupas íntimas apertadas. A sua região íntima deve estar sempre seca e limpa.
Como o herpes genital impacta na gravidez?
Durante o período de gravidez, é preciso estar ainda mais atento ao herpes genital. Isso porque ele pode ser transmitido para o bebê durante o parto. Além disso, alguns estudos apontam que a transmissão com o bebê ainda no útero, através da placenta, pode causar:
- Casos de infeção primária;
- Abortos;
- Nascimentos prematuros;
- Malformações congênitas;
- Restrição de crescimento.
Além disso, a transmissão do vírus do herpes para o bebê, durante ou depois do parto, pode causar uma série de problemas graves, como:
- Problemas no sistema nervoso;
- Cegueira;
- Problemas na pele e boca;
- Doenças que afetam outros órgãos, como fígado, pulmões, coração e cérebro.
Nesse cenário, o tipo de parto indicado é a cesariana, principalmente quando há úlceras genitais ativas no momento do parto ou para quem já tem sintomas. Além disso, é fundamental tratar e investigar todos os casos de úlcera genital.
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Se você apresenta sintomas de herpes genital ou descobriu que teve contato direto com alguém infectado, o primeiro passo é procurar a ajuda de um profissional de ginecologia. Assim, você recebe toda a orientação necessária para o tratamento da doença.
O SOS Ginecologista da Oya pode te ajudar nesse processo. Você agenda uma consulta online com ginecologista de modo simplificado e rápido e tem acesso a um ambiente seguro para tirar as suas dúvidas. Sem julgamentos e sem respostas prontas.
A nossa equipe médica está preparada para te oferecer um atendimento especializado, cuidadoso e atento. No caso da suspeita de herpes genital, a gente te orienta sobre possíveis exames e tratamentos. Tudo isso de maneira simplificada e online.
Lembre-se: a sua saúde é sua! E a Oya pode te ajudar a alcançar mais autonomia para tomar decisões sobre o seu corpo. Vamos juntas!
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