Se você é uma pessoa com ovários no Brasil, é muito provável que já tenha ouvido falar da síndrome do ovário policístico — a SOP. Ela é uma das causas mais comuns para a infertilidade feminina, e também afeta uma grande parcela das mulheres brasileiras.
Embora metade das atingidas não apresentem sintomas, a SOP influencia a vida e a fertilidade das pessoas do sexo feminino de várias formas. Daí a importância do seu diagnóstico e tratamento serem feitos de modo responsável e por um profissional de saúde.
Mas não precisa se preocupar: se você já tem o diagnóstico, mas ainda está meio perdida, a Oya vai te ajudar a entender como tratar a síndrome do ovário policístico.
E, se você ainda não sabe se tem a SOP ou não, pode bater um papo com um dos nossos especialistas e investigar!
Mas antes: o que é a síndrome do ovário policístico?
A síndrome do ovário policístico, que a gente costuma conhecer como SOP, é uma doença relacionada ao nosso sistema endócrino, ou seja, aos nossos hormônios. Ela é causada por uma série de desequilíbrios que geram uma alta produção de testosterona, aquele hormônio conhecido como masculino, o que pode afetar a saúde das pessoas com ovários.
A SOP é também uma das causas mais comuns de infertilidade (ainda que seja, sim, possível engravidar com síndrome do ovário policístico). No Brasil, ela atinge cerca de 13% da população feminina em idade reprodutiva, mas só metade dessas pessoas chega a manifestar sintomas.
E olha só: apesar de ser tão comum, a SOP não é facilmente diagnosticada. Por isso, não adianta recorrer ao Dr. Google: tanto a descoberta quanto o acompanhamento da síndrome precisam ser feitos por um/uma ginecologista, para garantir que não houve nenhum equívoco e que você não tem nada mais sério, como uma endometriose.
Leu sobre a SOP e se identificou? Entenda como ela impacta a sua fertilidade!
Conheça a Descoberta da FertilidadeTá, e como desconfiar da SOP?
A dificuldade de diagnóstico da SOP se deve principalmente ao fato de que os seus sintomas são comuns em diferentes problemas ginecológicos. Por isso, o profissional de saúde precisa, primeiro, descartar essas outras possibilidades.
Alguns dos sintomas que podem levar uma pessoa a desconfiar que ela tem síndrome do ovário policístico e a procurar uma/um ginecologista são:
- Menstruação irregular ou ausência de menstruação, ou seja, ciclos menstruais muito curtos (menos de 21 dias), muito longos (mais de 35 dias) ou meio doidos, numa vibe ora aparece, ora não aparece;
- Dificuldade de engravidar, já que a ovulação se torna irregular ou desaparece por completo;
- Níveis muito altos de hormônios masculinos, que se manifestam fisicamente e fazem com que haja crescimento de pelos em locais pouco comuns (como o bumbum, a barriga ou os seios), ou o surgimento de acne, ou uma queda de cabelo muito acentuada (tipo homens calvos, sabe?).
- Ganho de peso, o que também leva ao aumento de vários outros sintomas da SOP;
- Escurecimento da pele em pontos específicos, como embaixo dos seios, no pescoço ou na virilha.
Se você se identifica com algum desses pontos, é hora de encontrar um profissional de saúde pra te ajudar a descobrir o que pode estar acontecendo. Uma opção é agendar uma consulta com a equipe de ginecologistas da Oya, que vão te dar todo o suporte necessário.
O que acontece quando a gente não trata a SOP?
Em geral, os sintomas da SOP costumam aparecer durante o período da primeira menstruação. Mas a descoberta da síndrome só vai acontecer, para a maioria das mulheres, um tempo depois, entre os 20 e 30 anos, quando elas começam a querer engravidar e encontram dificuldades.
Só que a gente não quer que chegue nesse ponto, né? Mesmo que, com tratamento, a maioria das pessoas com SOP consiga engravidar normalmente, o ideal é identificar e tratar esse problema o quanto antes. E, pra isso, é ideal contar com um acompanhamento ginecológico desde cedo.
O tratamento tardio da síndrome do ovário policístico também pode gerar um monte de outras questões de saúde. Olha só:
- Você aumenta o seu risco de desenvolver Diabetes tipo 2;
- Pode rolar um impacto bem grande na sua autoestima, o que também acarreta um nível maior de depressão e alterações no humor;
- Tem mais chances de você ter hipertensão e colesterol alto;
- E, se você tem sobrepeso, ainda rola a chance de desenvolver apneia do sono.
Também existem pesquisas que demonstram que mulheres com a menstruação muuuito irregular (por exemplo, que só menstruam 3 ou 4 vezes no ano) acabam tendo mais chances de desenvolver câncer de endométrio, aquele revestimento do útero, sabe?
E olha só que loucura: um estudo bem recente também mostrou que mulheres com SOP têm um risco maior de pegar a Covid-19.
Ou seja: quanto mais cedo você descobre e começa a tomar todos os cuidados para tratar a sua síndrome do ovário policístico, melhor, né? E isso ainda evita que ela evolua para um problema mais sério, como o crescimento dos cistos.
A Oya te ajuda no longo e curto prazo. Rolou um perrengue ginecológico de repente? A gente tá aqui!
SOS OyaEntão quais são os tratamentos indicados para quem tem ovário policístico?
Você não precisa ficar tensa: a SOP pode até não ter cura, mas ela tem diversos tratamentos que apresentam bons resultados. Com eles, a maioria das pessoas com ovários consegue engravidar sem problemas e reduzir os sintomas a um nível considerado “normal”.
Depois de falar com uma/um ginecologista, você deve receber todo o suporte necessário pra dar início ao tratamento mais indicado pra você. Vale lembrar que essa decisão considera fatores como o seu histórico de saúde e estilo de vida, então nem sempre existe uma única resposta certa, tá?
Dá uma olhada em alguns dos caminhos que podem ser recomendados:
1. Você pode ter que fazer um tratamento hormonal
O mais comum, no caso da SOP, é que sejam recomendados contraceptivos hormonais para tratar os principais sintomas e efeitos colaterais, como a acne e o ciclo menstrual desregulado. Mas olha só: a pílula não é um tratamento para a síndrome em si.
Isso significa que a função desses medicamentos é mascarar os sintomas da sua SOP, pra que você tenha um dia a dia mais leve. Para realmente tratar a sua síndrome do ovário policístico, porém, é preciso ir além.
2. E vai precisar mudar o seu estilo de vida
Sabe qual é o melhor remédio para tratar a síndrome do ovário policístico? Atividade física e alimentação balanceada. Ou seja: se você quer ver efeitos reais no seu tratamento, vai ter que movimentar esse corpinho, e cuidar muito bem dele.
Se você está acima do peso ideal, é provável que precise perder alguns quilinhos. E isso não tem nada a ver com estética: é que os sintomas da SOP são piores nesses casos, e a redução de peso já faz com que o tratamento seja mais efetivo.
A dieta balanceada envolve um baixo consumo de açúcar e, consequentemente, também precisa ser low carb, já que a ideia é baixar a insulina no nosso sangue. Para encontrar uma rotina de alimentação que funcione pra você, o ideal é consultar nutricionista. Mas a gente já dá a dica: consumir frutas da estação é um jeito simples — e barato! — de melhorar a sua alimentação.
3. Ou tomar medicamentos específicos
Em alguns casos, mulheres diagnosticadas com a SOP experimentam o crescimento excessivo de pelos, problemas de acne severa, um ciclo menstrual muuuito irregular ou mais dificuldades pra engravidar. Nesses casos, pode ser que uma/um ginecologista entenda que é necessário tratamento com medicamentos específicos de acordo com os seus sintomas.
Mas, ei! Definir quais remédios você deve tomar é trabalho de um profissional de saúde especializado, tá? Nada de sair abrindo o Google e comprando o que você acha que vai funcionar. O uso indiscriminado de medicamentos faz mal à saúde e pode piorar o seu problema.
Se você precisa de ajuda profissional, pode falar com alguém da equipe médica da Oya! Afinal, a gente tá aqui pra te ajudar a lidar com todos esses pepinos ginecológicos, né?
Dá pra tratar a SOP de maneiras naturais?
Se você é a favor dos tratamentos naturais, temos uma ótima notícia: sim, dá pra tratar a SOP sem usar medicamentos. Na verdade, esse é o jeito mais indicado de lidar com a doença, sabia?
A gente já falou, mas não custa repetir: dieta balanceada e exercícios físicos fazem milagres pelo nosso corpinho, inclusive o nosso útero. Então separe um tempo pra se movimentar — caminhadas, academia, ioga etc. — e também pra preparar refeições ricas em nutrientes, com carboidratos complexos e baixo teor de açúcar.
Pra além disso, o tratamento com acupuntura também vem sendo um enorme aliado pra lidar com a SOP. Uma pesquisa de 2010 observou que, além de eficaz e seguro, esse tratamento traz outros benefícios, como:
- Aumento do fluxo sanguíneo para os ovários;
- Redução do volume e do número de cistos ovarianos;
- Controle dos altos níveis de glicose e insulina no sangue;
- Redução dos níveis de cortisol, o famigerado hormônio do estresse;
- Auxílio na perda de peso.
Tudo de bom, né?
Tratamento da SOP em casos mais sérios: como é a cirurgia?
Em alguns casos, a medicação para o controle do número e do volume dos cistos pode não ser bem sucedida. Por isso, pode ser recomendado que você passe por um procedimento cirúrgico: a perfuração ovariana laparoscópica.
Apesar do nome grande e assustador, essa é uma cirurgia bastante simples, e que tem cobertura por alguns planos de saúde por se tratar de um procedimento que evita uma situação de emergência — como uma torção do ovário.
Nela, a/o ginecologista usa um laser para destruir o tecido dos ovários que produzem cistos. No caso de cistos muito grandes, são eles o alvo da cirurgia. Em todos os cenários, porém, não é preciso fazer um procedimento muito grande: são feitas apenas três incisões pequenas na área da barriga. A recuperação exige um período de repouso.
Pra te ajudar a lidar com a síndrome do ovário policístico e tirar quaisquer outras dúvidas que você possa ter sobre fertilidade e saúde, existe Descoberta da Fertilidade da Oya.
Além de até 100% reembolsável pelo plano de saúde, você tem acesso a uma equipe empática e acolhedora, que traça, do seu lado, um projeto de fertilidade que faz sentido pra sua vida e suas necessidades. Comece agora a cuidar da sua saúde ovariana! Vamos juntas?
Quer engravidar um dia? A Oya te ajuda a descobrir a sua fertilidade e planejar direitinho esse momento.
Clique Aqui@oya.care Infelizmente, a autonomia feminina sobre o próprio corpo e sobre a saúde nunca foi naturalizada nas sociedades ocidentais. Desde os direitos reprodutivos até a participação equivalente de corpos femininos e masculinos nos estudos científicos, vemos que a medicina não foi feita para nós. Mas aos poucos, felizmente, esse cenário está mudando e é para falar sobre isso que convidamos a jornalista [@manubarem](https://www.instagram.com/manubarem/), e a [@dra.priscilahime](https://www.instagram.com/dra.priscilahime/) , ginecologista endócrina da equipe da Oya Care. Vamos juntas? A conversa está só começando! Oya Talks está disponível no Spotify e nas principais plataformas de podcats (link na bio)
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