Quando a gente fala em vacinação, é muito comum que passe pela nossa mente a imunização de crianças e, no máximo, as doses contra a COVID-19 e a campanha anual contra a gripe. Mas a realidade é que existem algumas vacinas para mulheres adultas que provavelmente precisam ser tomadas por você em 2023.
Hoje a Oya, primeira clínica virtual de saúde feminina do Brasil, te explica um pouco mais sobre elas para que você possa entrar em 2023 sendo o verdadeiro orgulho da OMS!
9 vacinas que você, mulher adulta, precisa tomar em 2023
“Eu cresci, agora sou mulher…”, e com grandes poderes vem grandes responsabilidades. Não é porque você não faz mais parte do público alvo do Zé Gotinha que ganha passe livre para se descuidar do cartão de vacina, hein?!
As vacinas para adultas são fundamentais, seja porque mesmo depois da idade adulta ficamos expostas a novos possíveis problemas de saúde, seja porque nosso organismo precisa de reforço para continuar combatendo algumas doenças ou simplesmente porque uma onda inesperada de alguma doença acende o alerta da ciência para a necessidade de dar um up na proteção.
Vacinação é pacto coletivo e cuidar da sua imunização significa também proteger quem está ao seu redor, independente da idade.
Convencida a visitar o posto de saúde mais próximo em 2023? Então conheça agora 9 vacinas que você precisa tomar depois de adulta.
1. Hepatite B
A vacina de Hepatite B é recomendada para todas as pessoas que não foram imunizadas no primeiro ano de vida.
Importante para proteger pessoas contra infecções causadas pelo vírus da hepatite tipo B, que pode levar a complicações como a cirrose e o câncer de fígado, a vacina é aplicada em três doses.
Se for iniciar o esquema vacinal do zero, já na idade adulta, você deve tomar três doses. Se já tomou alguma das picadinhas ao longo da vida, basta receber uma ou duas doses que estão faltando.
A vacina de Hepatite B não precisa de reforço, mas você tem que ficar atenta ao tempo entre as doses:
- o ideal é que a segunda dose seja recebida um mês após a primeira;
- já a terceira dose deve ser recebida de quatro meses (intervalo mínimo) a seis meses (intervalo recomendado) após a primeira aplicação.
Pessoas que fazem parte do grupo de risco para a doença devem fazer a sorologia (um estudo analítico do soro sanguíneo) para hepatite B depois de completar o esquema vacinal.
Esse exame verifica se a pessoa criou ou não imunidade após todas as aplicações – em alguns casos, a revacinação (com 3 novas doses) pode ser necessária. Por isso, caso você esteja em algum dos grupos abaixo, procure ajuda médica antes de correr atrás da vacina para adultas contra hepatite B:
- pessoas com diabetes;
- pessoas doença crônica do fígado;
- quem tem hepatite C;
- imunossuprimidas;
- pessoas com câncer que fazem quimioterapia e/ou radioterapia;
- politransfundidas;
- quem tem doença hemorrágica;
- pacientes renais crônicas;
- quem fez transplante de medula óssea ou de órgãos sólidos.
2. Difteria e Tétano (dT)
Contra Difteria e Tétano, a vacinação para adultas segue o esquema de três doses + reforço.
Funciona assim: o esquema vacinal pode ser iniciado do zero (caso você não tenha recebido nenhuma dose, recebe as 3) ou pode ser apenas completado (se já tomou alguma dose, recebe o que falta), com intervalo mínimo de 30 dias entre as aplicações.
Já a dose de reforço é tomada a cada 10 anos e, em caso de ferimentos graves, a cada cinco anos.
Importante: se estiver grávida, consulte ajuda médica antes da vacinação.
3. Febre Amarela (Atenuada)
A vacina contra a febre amarela é de aplicação única para quem tomou a dose depois dos 5 anos de idade. Quem foi vacinada antes disso, precisa de reforço.
A imunização contra a febre amarela pode ser feita em conjunto com a vacina da tríplice viral, mas nesse caso é importante esperar 30 dias antes de tomar qualquer outra vacina. Se estiver na missão de zerar as pendências de vacinas para adultas, fique atenta a este prazo!
É importante também ficar de olho nos perfis que possuem contraindicação para receber a imunização. Olha só quem NÃO deve tomar a vacina contra a febre amarela:
- pessoas com 60 anos ou mais;
- gestantes;
- lactantes que estejam amamentando um bebê com menos de seis meses de idade;
- imunossuprimidas;
- pessoas com alguma imunodeficiência primária, em uso de imunobiológicos (Rituximabe, Eternacepte, Tocilizumabe, e outros);
- pessoas que passaram por transplante de órgãos sólidos (coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado);
- pessoas que tenham a doença crônica miastenia gravis;
- pessoas com doenças do timo;
- pessoas com anemia falciforme e/ou em uso de corticóide em altas doses por tempo prolongado;
- pessoas com alergia grave a ovo.
Se você está amamentando e precisa tomar a vacina (sabia que ela é um requisito de entrada em vários países, como Colômbia, Paraguai, China, Egito, Cuba e Austrália, dentre outros): antes da aplicação, é fundamental suspender a amamentação por 28 dias. Além disso, é recomendado o acompanhamento médico associado à ajuda do Banco de Leite de referência.
4. Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)
Capaz de proteger contra os vírus do sarampo, da caxumba e da rubéola de uma só vez, a vacina conhecida como tríplice viral é aplicada em duas doses para profissionais de saúde de qualquer idade e pessoas entre 20 e 29 anos de idade e uma dose para pessoas entre 30 a 59 anos de idade.
Não há necessidade de reforço e o intervalo mínimo entre as aplicações é de 30 dias.
Importante: é recomendado evitar a gravidez nos primeiros 30 dias após receber a imunização. Além disso, a vacina é contraindicada para gestantes, pessoas com suspeita de sarampo, caxumba ou rubéola.
Em caso de alergia à proteína do leite de vaca, imunossupressão e/ou contato com caso suspeito ou confirmado de sarampo, caxumba e rubéola, é recomendado que você procure um especialista para orientações especiais.
5. Pneumocócica 23-Valente (PPV 23)
A vacina pneumocócica 23-Valente protege contra meningite, sepse, pneumonias, sinusite, otite, bronquite e outras doenças bacterianas causadas por Pneumococos (23 tipos de infecção no total).
O imunizante tem como público-alvo pessoas adultas a partir dos 60 anos (principalmente acamados, hospitalizados, pessoas em casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos e casas de repouso) e a população indígena a partir dos cinco anos de idade. Esses perfis compõem o grupo de risco das doenças respiratórias que podem ser causadas pelo Pneumococos.
Depois de tomada a primeira dose, reforços têm que ser aplicados a cada cinco anos.
6. HPV
Outra vacina que mulheres adultas precisam tomar é a contra o HPV, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que provoca lesões ou verrugas na vagina, na vulva, na região do pênis, ânus, garganta e no colo do útero.
A vacina para o HPV só está disponível de forma gratuita no SUS para meninas de 9 a 14 anos, meninos com entre 11 e 14 anos e pessoas adultas imunossuprimidas (com HIV, transplantadas ou em tratamento oncológico).
Contudo, mulheres adultas não só podem como devem recorrer à vacina contra o HPV. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o imunizante não perde sua eficácia depois de determinada idade, mesmo para quem já esteve em contato com o vírus.
A vacina é a melhor forma de se proteger contra esse tipo de infecção, já que a transmissão pode acontecer até com o uso de preservativos. Mesmo assim, infelizmente a vacina para adultas contra o HPV está disponível apenas na rede privada. O esquema vacinal acontece em três doses e custa, em média, R$500 por aplicação.
Para saber mais sobre a imunização contra o vírus causador do câncer de colo de útero, confira o post: ainda vale a pena tomar a vacina contra o HPV?.
Importante: em casos de sexo desprotegido e suspeita de ISTs, procure a ajuda de um ginecologista o mais rápido possível.
7. Meningite
Outra vacina bastante comum na infância e que pode (e deve!) ser tomada mesmo por mulheres adultas é a da meningite, uma inflamação das meninges (membranas protetoras que cobrem o cérebro e a medula espinhal) que costuma ter causa infecciosa.
Com os recentes surtos da doença, alguns lugares do Brasil ampliaram o público-alvo do reforço da vacina meningocócica C. No geral, devem tomar mais uma dose:
- População geral de 16 a 30 anos (incluindo adolescentes e mulheres adultas);
- Trabalhadores da saúde acima de 16 anos;
- Trabalhadores da educação do Ensino Superior e Técnico (acima de 16 anos);
- Estudantes universitários de escolas técnicas, faculdades, institutos e universidades públicas ou privadas (de todas as idades).
Na hora da vacinação, a equipe de saúde vai avaliar se você já tomou a primeira dose. Se sim, só o reforço será aplicado. Se não, seu esquema vacinal começa do zero: recebe a primeira aplicação na hora e o reforço em outro momento.
A única contraindicação da vacina meningocócica C envolve pessoas com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da vacina. Mas pode ficar tranquila que antes da aplicação você passará por uma triagem que vai garantir sua segurança.
8. Gripe
Responsável por evitar tipos mais graves de gripe, suas complicações e até pneumonias, a vacina trivalente pode ser tomada anualmente seguindo o calendário vacinal da sua cidade.
A necessidade do reforço periódico da vacina contra gripe não significa que o imunizante não é eficaz. Essa recomendação se deve à existência de inúmeras cepas do vírus da gripe, que sofre mutações e ao longo do tempo cria resistência aos medicamentos. Todo ano a vacina é atualizada, ou seja, otimizada de acordo com os agentes infecciosos em circulação.
No geral, o SUS realiza campanhas de vacinação anuais contra a gripe, mas a ação costuma ficar restrita aos grupos de risco, como profissionais de saúde e idosos. Contudo, mulheres e demais pessoas adultas podem recorrer à rede privada para se proteger.
Nas clínicas e hospitais particulares é possível encontrar a vacina do tipo quadrivalente, que protege contra mais subtipos de influenza.
9. Covid-19
Responsáveis pelo controle e diminuição dos números de casos graves da Covid-19, as vacinas recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) também são eficazes contra novas variantes e devem ser tomadas por todo mundo – incluindo mulheres adultas.
Pensando em calendário vacinal, a imunização contra a Covid-19 acontece de forma variada em cada cidade e região, por isso recomendamos que você fique atenta ao sistema de saúde do seu município e compareça ao posto de vacinação mais próximo quando seu grupo for acionado.
Estar com o esquema vacinal contra Covid-19 completo não significa que você está completamente livre da possibilidade de contrair a doença, mas sim que as chances de desenvolver sintomas graves se reduzem drasticamente, assim como o risco de morte.
Portanto, em períodos de surto da doença e espaços onde há aglomeração (como o transporte público e grandes eventos), mesmo quem está vacinado deve seguir outras medidas de prevenção, como o uso de máscaras.
Não tenho mais meu cartão de vacinas. O que fazer?
Ainda mais comum do que não saber da importância das vacinas para adultas, é evitar pensar no assunto por medo da fatídica questão: onde está o meu cartão de vacinas?
Seja por constantes mudanças de casa ou cidade, por descuido e até mesmo por nunca ter tirado o documento da casa dos pais, o que nós sabemos é que boa parte das mulheres adultas que procuram postos para vacinação não fazem a menor ideia de onde está o registro das doses que já tomaram ao longo da vida.
Apesar da falta desse documento não impedir que nenhuma pessoa do Brasil tome vacinas, já que elas são um direito, existem casos em que pode haver problemas. Mas não precisa se preocupar!
Algumas vacinas específicas (geralmente as exigidas em viagens para alguns locais do Brasil e do exterior) podem ser comprovadas por exames de sangue. Para esses casos, é essencial a procura por médica ou médico que consiga avaliar a situação.
Fora isso, se você não conseguir recuperar essa comprovação e precise dela por algum motivo, é, sim, necessário tomar mais uma dose da vacina. Esse “acúmulo” de imunizações não traz riscos para a nossa saúde e, no máximo, pode causar algum desconforto por conta da injeção e dos efeitos colaterais que são absolutamente normais.
Boa notícia: em situações mais recentes, como acontece com a própria vacina contra Covid-19, já é possível obter um certificado de vacinação online. E, para a nossa sorte, essa parece ser uma tendência cada vez mais comum para a imunização contra novas doenças e surtos daquelas já conhecidas.
O jeito mais fácil de acessar esses dados é através da plataforma ConecteSUS. Para se conectar, é necessário ter uma conta no portal gov.br, do governo federal – o cadastro é rapidinho, você precisa apenas ter seu número de CPF em mãos.
Como eu tenho acesso ao calendário de vacinação para 2023?
Se sua resolução de ano novo é ficar em dia com suas vacinas para adultas, pode comemorar: o calendário vacinal de 2023 pode ser consultado tanto na versão para adultos e idosos quanto na versão específica para mulheres gestantes.
Tá, mas eu preciso de uma vacina que não está disponível no SUS e agora? Nesse tipo de caso, é possível garantir a imunização em clínicas particulares e com o aval de um especialista.
Conheça a Oya Care, clínica de saúde feminina
Gosta desse papo sobre saúde, imunizações e bem estar? A Oya Care é a primeira clínica virtual de saúde feminina do Brasil e tem como objetivo colocar a sua saúde no lugar certo: na sua mão.
Os serviços da Oya te aproximam de ginecologistas prontos para te atender em qualquer lugar e tirar dúvidas sobre os BOs da vulva, te ajudar a escolher o melhor método contraceptivo e te acompanhar e auxiliar na descoberta da sua fertilidade. Vamos juntas?