Muita dor durante a penetração. Às vezes, a sensação de que há facas ou agulhas cortando seu corpo quando um pênis ou algum outro objeto penetrante (vibrador ou até objetos usados durante uma consulta ginecológica) se aproximam do canal vaginal. Em casos mais graves, contração nos músculos da vagina só de pensar em penetração. Todos esses podem ser sintomas de vaginismo, um transtorno que dificulta a vida sexual de entre 3% e 5% das mulheres.
Você não está sozinha e o vaginismo tem cura! A Oya, primeira clínica virtual de saúde feminina do Brasil, te ajuda a entender as causas, sintomas, consequências e tratamentos contra a dolorosa contração involuntária dos músculos da vagina. Continue a leitura!
O que é vaginismo?
O vaginismo é caracterizado principalmente pela dor na hora da relação sexual com penetração ou até mesmo durante exames de saúde ginecológica.
Tem gente que diz que é frescura, que basta aplicar a máxima “relaxa e goza”, mas quem sofre com o transtorno sabe que não é simples assim. Isso porque o vaginismo causa a contração involuntária do assoalho pélvico e fecha o canal vaginal, bloqueando a passagem do pênis ou de qualquer outro objeto.
O bloqueio varia de intensidade. Em alguns casos, é possível ter algum tipo de penetração. Em outros, até os músculos do ânus, barriga e coxa acabam sendo recrutados nessa tarefa ingrata. Resultado: entrada completamente bloqueada.
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Muitas mulheres que sofrem com vaginismo relatam que a dor se assemelha à sensação de ser cortada ou de ter agulhas introduzidas na pele. Outras descrevem o desconforto como uma ardência.
O tormento pode, ainda, se tornar um ciclo: a dor causa medo, o medo gera mais contração. Na próxima tentativa, a lembrança da dor anterior causa mais tensão, mais dor. Até que só o ato de pensar em penetração vira motivo para desconforto físico.
Além disso, é importante dizer que algumas pessoas já iniciam a vida sexual reféns do vaginismo e sentem muito desconforto desde a primeira tentativa. Em outros casos, o transtorno pode ser desenvolvido depois: quase como de repente, ter relações com penetração se torna um martírio.
Mas, vamos à raiz: hora de entender por que o vaginismo acontece.
O que causa vaginismo?
O desconforto extremo durante a penetração pode ser causado tanto por fatores físicos quanto psicológicos.
Entre os fatores físicos que podem estar por trás do vaginismo estão:
- anormalidades do hímen;
- anormalidades congênitas;
- atrofia vaginal;
- endometriose;
- infecção urinária;
- infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
- lesões na vagina;
- tumores;
- congestão pélvica;
- complicações durante o parto.
Já as causas psicológicas do vaginismo tendem a estar relacionadas a tabus sexuais, ao medo de sentir dor ou a traumas relacionados ao sexo.
Histórias que giram em torno de uma educação sexual repleta de medos, punição e constrangimento enchem as fichas médicas de mulheres diagnosticadas com vaginismo. Muitas delas aprenderam que o prazer erótico é errado, nojento, inadequado para mulheres ou absorveram a ideia de que transar só vale para reprodução.
Outros relatos, ainda mais dolorosos, contam sobre agressões, abusos e até experiências prévias ruins em exames ginecológicos que, não sem motivo, fizeram com que essas mulheres relacionassem o ato da penetração a memórias de dor.
Consequências do vaginismo
Por si só, dor e medo deveriam ser consequências graves o suficiente para ligar o alerta para a necessidade de tratamento contra o vaginismo, mas a realidade é que muitas mulheres só procuram ajuda quando o transtorno já está roubando parcela considerável de seu bem-estar para além da cama.
Isso porque o vaginismo pode prejudicar a autoestima e as relações românticas e sexuais da pessoa afetada.
“Não me sentia mulher, me sentia uma criança, uma menina. (…) A transformação para mulher ocorreu um pouco antes de eu conseguir a penetração, quando eu percebi que era capaz de conseguir o que eu queria, que também era poderosa”, relatou Karen Godoy, mulher curada do vaginismo, em entrevista ao Viva Bem UOL.
Quais são os sintomas do vaginismo?
Dor durante a penetração é o principal sinal de vaginismo, mas não somente. Veja esse e outros sintomas:
- Ardência durante o sexo com penetração;
- Contração dolorosa e involuntária dos músculos da vagina;
- Dor durante exames ginecológicos (papanicolau, ultrassom vaginal e demais análises que exigem inserção de instrumentos médicos na vagina);
- Dor ou impossibilidade de realizar ato sexual com penetração;
- Muito desconforto ao usar absorvente interno.
Tratamento contra o vaginismo
O vaginismo tem cura! E quem vai te ajudar no diagnóstico e combate a esse transtorno é uma equipe multidisciplinar composta por ginecologista, psicóloga ou psicólogo e fisioterapeuta.
O papel da médica ou médico ginecologista no diagnóstico e tratamento do vaginismo tem a ver com entender o que o seu caso tem de origens físicas, ou não. É esse especialista que entende como seu assoalho pélvico funciona e que, nos casos em que a contração involuntária dos músculos tem raízes no próprio corpo, vai te ajudar a cortar o mal pela raiz.
Mesmo se for descoberto que seu vaginismo tem origem em desequilíbrios físicos, é importante que uma psicóloga ou psicólogo (de preferência especialista em sexologia) acompanhe o caso. Lembra de quando falamos que a contração dolorosa dos músculos da vagina pode se tornar uma bola de neve e que o medo da dor intensifica a dor? Pois é, mesmo durante o tratamento médico é importante que o atendimento psicológico faça parte do seu dia a dia, te devolvendo a confiança para voltar a ter (ou começar a ter) uma vida sexual plena.
Na missão de tratamento contra o vaginismo, a fisioterapia de assoalho pélvico é o outro pilar. Durante as sessões, costumam ser aplicadas técnicas de respiração e relaxamento da musculatura vaginal, combinadas ao uso de dilatadores vaginais, além de estimulação térmica e elétrica para facilitar a penetração.
Você sente dores durante a relação sexual?
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Dúvidas sobre sexo?
Nossa consulta online com ginecologista, o SOS Ginecologista Oya, pode te ajudar a solucionar dúvidas sobre sexo e mais.
Como o SOS Ginecologista Oya pode te ajudar?
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- Alterações no ciclo menstrual;
- Corrimentos atípicos;
- Cólicas menstruais ou dores abdominais;
- Dor ou desconforto durante o sexo;
- Cuidados e orientações após uma relação sexual desprotegida;
- Suspeita de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis);
- TPM intensa.