Se você é uma mulher que vive neste planeta, em algum momento da vida a ideia da maternidade já cruzou o seu caminho, mesmo que contra a sua vontade. E por isso mesmo é muito comum que aquelas mulheres que ainda não tenham certeza sobre ser ou não ser mãe sintam que estão sozinhas.
Exatamente para desmistificar esse processo de escolha que envolve a maternidade, a Oya te chama pra bater um papo sobre essa decisão, que deve ser bem pensada e não feita por imposição. Vamos juntas?
Ser ou não ser mãe, eis a questão
Será que todas nós precisamos mesmo engravidar? Será que ficar grávida é o único jeito de ser mãe? Será que a ideia da maternidade que a gente escutou desde cedo vale para todas as pessoas? Será que queremos mesmo criar filhos?
Mesmo quando a gente é criança, quantas vezes a gente não ouve um “quando você for mãe”, como se a maternidade fosse parada obrigatória de todo corpo nascido com o sexo feminino?
Por mais que o mundo pareça ter essa certeza de que mulheres serão mães um dia, muitas perguntas existem dentro de cada uma: será que é a hora certa? Com essa pessoa? Dou conta de seguir essa tarefa sozinha? Vai ser difícil engravidar? Eu espero minha carreira se firmar um pouco mais? Será que eu quero mesmo ser mãe?
Relaxa, você não tá sozinha — muitas mulheres passam pela mesmíssima coisa. A boa notícia é que, hoje, a gente tem mais liberdade pra escolher se queremos ou não queremos ser mães, e também para decidir quando queremos fazer isso e até com quem queremos dividir essa responsabilidade.
Tudo bem que tomar todas essas decisões é bastante coisa pra qualquer pessoa ter que refletir e escolher, ainda mais com tantas outras variáveis envolvidas nisso tudo.
Mas uma coisa com certeza deixa tudo mais fácil: o autoconhecimento.
Quando você enxerga com clareza algumas verdades e vontades sobre você mesma, fica bem mais tranquilo visualizar os caminhos que você pode seguir. E, assim, você pode ir com segurança na direção que escolher, confiando na decisão.
E como começar? A primeira coisa que você precisa ter em mente é que a jornada até a escolha por ser ou não ser mãe é muito individual e que esse nem sempre é um processo linear. Apesar disso, ouvir e conhecer outras mulheres que passam ou já passaram pelas mesmas dúvidas pode te ajudar a entender melhor todas as possibilidades e a escolher qual caminho seguir.
Que tal entender como está sua vida fértil antes de tomar uma decisão? Converse com especialista em fertilidade feminina!
Agendar papoNão quero ser mãe. E agora?
Você pensou sobre a possibilidade de ser mãe e decidiu que a gestação ou a adoção não são pra você? Então vem cá e dê um abraço!
Entender que você não quer ser mãe pode ser um processo doloroso. E grande parte disso é culpa da reação das pessoas quando ouvem a sua decisão, ou melhor, da maternidade compulsória, aquela ideia de que mulheres só serão completas com um filho nos braços. A pressão não se esgota na fala e no julgamento alheios, mas é apenas uma parte de estrutura complexa de práticas sociais e políticas que nos forçam a esse caminho como se ele fosse natural, além de excluir quem não faz parte dessa estrutura, com ou sem escolha.
Exatamente por isso a gente acha importante que quem entende que a maternidade não é o único caminho possível fale sobre o seu processo de escolha e tenha a sua vontade e desejo respeitados (inclusive por ginecologistas e outros profissionais na hora de definir, por exemplo, o melhor método contraceptivo para a sua realidade ou não assumir antes de perguntar que a maternidade está no seu horizonte).
Oya recomenda: Caso você tenha entendido que não quer ter filhos e queira conhecer histórias com as quais se identificar, recomendamos o livro Maternidade, da escritora canadense Sheila Heti.
Carreira ou filhos?
Apesar de parecer um tema já bastante discutido, a dúvida entre o foco na carreira e o foco nos filhos ainda deixa muitas mulheres confusas. Afinal, existe uma hora certa para ter filhos? Até onde eu preciso chegar para ter estabilidade e conseguir gestar? Como funciona a licença maternidade em casos de adoção?
A gente sabe que as respostas para essas e outras perguntas sobre maternidade e carreira variam muito de mulher para mulher, dependendo de uma série de fatores como oportunidades, inserção no mercado de trabalho, área de atuação e questões sociais e econômicas.
Por isso, como sempre, é fundamental conseguir conversar com amigas, colegas de trabalho e até mesmo desconhecidas (grupos nas redes sociais são uma boa nessa hora) que sentem as mesmas inseguranças. Não podemos garantir que, com isso, você sentirá mais segurança ou terá certeza de como conciliar as funções, mas a conversa e a construção de uma rede de apoio podem te ajudar a entender melhor as suas opções.
Além disso, é importante entender que, apesar de não ser reconhecida como, a maternidade também é um trabalho. Mesmo que a sociedade aponte o “ser mãe” como um destino e um prazer, é fundamental ter em mente que essa é, sim, uma função e que, como todas as outras, inclui uma série de demandas e obrigações.
Justamente por isso, muito mais do que compartilhar experiências com a nossa rede, temos que lutar para a criação e manutenção de políticas públicas que permitam a conciliação entre carreira e maternidade, seja através de licenças parentais, seguridade social, acesso a creches e muito mais. Falar de fertilidade, afinal, é falar de trabalho.
A gente falou sobre isso no episódio 'Quem tem medo de ter filhos' do Oya Talks, podcast da primeira clínica de saúde feminina do Brasil
Vem escutar!E se eu for mãe solo?
Outra grande dificuldade na hora de pensar sobre ser ou não ser mãe é na possibilidade de ter ou não uma parceria para compartilhar a tarefa. Isso porque, mesmo quando a escolha de ter filhos parte do casal, não é incomum que as mulheres se vejam como únicas responsáveis pela criação da criança, principalmente em relacionamentos heterossexuais.
Essas mulheres que são mães sozinhas também precisam aguentar uma série de julgamentos e de dificuldades impostas por uma sociedade acostumada a sempre culpar a mulher. E é possível ser mãe solo dentro de um relacionamento, viu? Isso acontece quando responsabilidades não são compartilhadas de maneira justa, algo que infelizmente é mais comum do que gostaríamos.
Também nesses casos, construir uma rede de apoio e contar com os ombros e os ouvidos de amigas e familiares (além de profissionais, como psicólogos e terapeutas) é fundamental para tornar esse processo (quando escolhido ou quando imposto) mais tranquilo. Novamente, reforçamos a importância da luta pelos direitos de mães (e filhos).
Oya recomenda: não faltam exemplos de mães solo em obras da literatura ou da cultura pop. Por isso, se você se interessa pelo assunto, recomendamos a série já considerada clássica Gilmore Girls e o documentário Mãe Solo, com direção da brasileira Camila de Moraes.
Dupla maternidade
Quem disse que o dilema da maternidade envolve apenas mulheres heterossexuais? Excluir mulheres que se relacionam com mulheres das discussões a respeito da maternidade é mais uma forma de perpetuar a exclusão dos casais homoafetivos
Seja usando a adoção, a inseminação in vitro ou outras ferramentas, mulheres que se relacionam com outras mulheres conseguem realizar o desejo de ser mães.
Antes de decidir se você e sua parceira querem assumir a responsabilidade da maternidade, se informe sobre possibilidades de uma gravidez para vocês e também nas possibilidades oferecidas pela justiça a respeito da adoção. Desde Março de 2015, a adoção para casais homoafetivos é reconhecida em nosso país como adoção homoparental, sendo reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal.
Oya recomenda: além de acompanhar mães da vida real, como a jornalista Dani Arrais e sua parceira, recomendamos que você observe o duplo maternar na série brasileira Stupid Wife, disponível gratuitamente no YouTube.
E se eu tiver dificuldade para engravidar de forma natural?
Mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar são uma realidade. Os motivos para isso podem variar de tentante para tentante e as opções para enfrentar esses problemas também são as mais variadas.
Por isso, é necessário investigar as possibilidades para os problemas de fertilidade (seja da mulher ou do parceiro) e buscar por soluções para aquelas que querem engravidar imediatamente e mesmo para quem ainda quer esperar mais um tempo.
Não sei se quero ser mãe agora. Como entender melhor as minhas opções?
Diante todas as questões envolvidas na decisão sobre ser ou não ser mãe, é natural que a gente se preocupe com o tempo necessário até encontrarmos as respostas ou, pelo menos, nos sentirmos preparadas para dar esse passo.
Ao mesmo tempo, temos que administrar o tempo do nosso corpo, que infelizmente ainda não acompanhou as demais transformações na vida das mulheres. Buscar ajuda de um profissional ou um especialista pode fazer toda a diferença para você se planejar a longo prazo, com muito mais confiança no seu caminho. Lembra sempre: seu corpo é seu. Sua história é sua!
Até que idade é seguro, no seu caso específico, pensar em uma gravidez natural? Descubra com a avaliação preventiva da fertilidade da Oya, a Descoberta da Fertilidade. Com ela, você amplia conhecimentos sobre seu corpo e decide com mais informação se esse é o momento de ser mãe.
Tudo é feito com dados sobre você, levando em consideração como está sua reserva ovariana, além de informações como seu histórico de saúde e estilo de vida. A missão é te ajudar a decidir sobre ser ou não mãe e planejar os próximos passos com o máximo de autonomia, com a ajuda de profissionais empáticos e sem precisar sair de casa.
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Vamos juntas?Texto escrito em colaboração com Camila Monteiro, psicóloga