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“Eu preciso congelar óvulos?”: 7 casos em que a resposta é sim

De acordo com pesquisa feita pela revista Marie Claire, as buscas no Google por “valor para congelar óvulos” cresceram 5.000% de 2019 para 2020. Segundo o mesmo estudo, clínicas de fertilização brasileiras tiveram aumento de 50% a 60% na demanda, comparando os mesmos períodos. 

Com base nesses dados dá pra perceber que falar sobre congelar óvulos deixa de ser um papo reservado à fofoca sobre ricos e famosos ou a comentários sobre possibilidades futuristas da medicina. O congelamento é uma realidade e uma possibilidade que bate à nossa porta e que pode caber no seu bolso. 

“Mas será que eu preciso congelar óvulos?”: é isso que vamos entender juntas.

“Disseram que eu preciso congelar óvulos, é verdade?”

Primeiro, vamos pensar um pouco sobre esse verbo “precisar”. Aqui na Oya a gente defende sua autonomia sobre seu corpo. Por isso, nós entendemos que congelar óvulos é uma questão de escolha, mesmo quando a pessoa que toma essa decisão tem idade X ou alguma condição de saúde que comprometa a quantidade e qualidade de seus óvulos a curto, médio ou longo prazo. 

Por que pensamos assim? Porque entendemos que maternidade é papo sério e que esse assunto deveria estar presente no nosso dia a dia, mas não como uma imposição. Nas palavras da nossa founder:

“A última vez que a gente pensou em maternidade foi na adolescência, quando falaram pra gente não engravidar. Não saber se quer ser mãe ou não querer ser mãe não está [nas nossas conversas], é um tabu completo. E, assim, a gente é muito julgada e criticada pela sociedade, pelas nossas famílias, por conhecidos e até por empregadores quando a gente não sabe ou não quer ser mãe”. Stephanie Von Staa Toledo, founder da Oya Care.

Mas, certo, você sabe que quer gestar uma criança – só que não agora – ou ainda não tem certeza se a maternidade é pra você – e teme que a decisão de gerar um bebê venha quando já for “tarde demais”. Aí sim, para você talvez congelar óvulos seja uma questão de necessidade para as suas escolhas. Então bora entender juntas se esse é o seu momento?

7 casos em que congelar óvulos é uma boa opção

1. “Vou fazer fertilização in vitro e quero guardar os óvulos excedentes”

‍Você vai fazer fertilização in vitro (FIV) e já está de olho nas possibilidades tanto de não dar certo de primeira, quanto de haver desejo de ter outra gestação no futuro? Se o plano é qualquer um desses, congelar óvulos é uma opção prática e com custo benefício muito bom – uma vez que a retirada do material já será feita de qualquer forma.

2. “Estou tratando um câncer e soube que o tratamento pode prejudicar minha fertilidade”

‍Sim, algumas pacientes oncológicas sofrem com queda brusca de fertilidade ou com a interrupção precoce e definitiva da ovulação, principalmente em razão dos tratamentos de quimio e radioterapia pélvicas. Se você quer engravidar no futuro, é bom ter em mente que a sua reserva ovariana pode ficar prejudicada. Em algumas hipóteses, existe até a possibilidade de congelar óvulos pelo SUS ou com cobertura do plano de saúde (daqui a pouco a gente te conta mais sobre essas possibilidades).

3. “Sou trans com ovários, quero iniciar terapia hormonal, mas penso em ter filhos biológicos no futuro”

‍Pessoas trans biologicamente do sexo feminino, também podem encontrar no congelamento uma forma de preservar a própria fertilidade para a posteridade. Nesse caso, congelar óvulos é necessário porque a terapia hormonal com testosterona bloqueia o ciclo menstrual quase imediatamente e, a longo prazo, pode levar à falência completa dos ovários e ao fim definitivo da vida fértil

Congelando é possível tanto que seus óvulos sejam usados para fertilização em uma parceira, parceire ou parceiro, quanto que você mesmo engravide no futuro – desde que preserve útero e que interrompa a hormonioterapia temporariamente.

Isso também vale para mulheres lésbicas que querem engravidar, tá? Nesses casos, é possível congelar os óvulos e fertilizá-los no futuro.

4. “Tenho uma doença que pode diminuir minha vida fértil”

‍Síndrome de Turner, síndrome do X frágil, mutações no gene BRCA, anemia falciforme e algumas doenças autoimunes, como o Lúpus, são exemplos de condições médicas que podem afetar negativamente a fertilidade de uma pessoa com ovários. Se essa é sua história, converse com seu médico ou médica, avalie seus desejos e observe se congelar óvulos pode ser uma boa ideia para a sua autonomia. 

5. “Quero colaborar com o banco de óvulos”

‍Também há espaço para a solidariedade! Se você fez fertilização in vitro, já conseguiu engravidar e não pretende usar os óvulos excedentes do seu procedimento, existe a opção de doar o material para um banco de oócitos e colaborar com pessoas que não produzem esses ovinhos.

6. “Descobri que tenho reserva ovariana baixa para a minha idade”

‍Nesse caso, a descoberta de uma fertilidade menor do que o “esperado” para sua idade te dá um susto: “mas eu ainda sou tão jovem…”. Não temas! Para você, congelar óvulos pode ser a melhor opção já que o procedimento é rápido e, com o avanço da tecnologia, pode tornar possível que seus “ovinhos” sejam preservados por bastante tempo até que você escolha engravidar.

7. “Os ponteiros do tal relógio biológico estão se movimentando, mas não me sinto pronta”

‍Você já passou dos 30, 35 ou 40, mas não se sente preparada para engravidar agora – ou não sabe se quer gerar uma criança um dia. Independente dos seus motivos, congelar óvulos é a melhor alternativa para preservar sua fertilidade até o momento em que você se sinta pronta para o grande passo da maternidade. Lembre-se: cada corpo é único e para entender como está o seu, o primeiro passo é realizar uma avaliação preventiva de fertilidade.

“Entendi que preciso congelar óvulos, o que fazer?”

‍Depois de entender que congelar óvulos é mesmo a sua vontade, é importante compreender como e quando isso será feito de acordo com a sua realidade e suas possibilidades. 

Sim, falaremos sobre valores e sobre como entender melhor em que momento exatamente fazer o congelamento. Dependendo, dá até para economizar um dinheirinho, hein?!

Afinal, quando congelar óvulos?

‍De acordo com onde você está naquela listinha do início, com idade, histórico médico e estilo de vida, a resposta para essa pergunta pode ser diferente. Seu corpo é único, sua história é única e seu momento para congelar óvulos também é. 

“Tá, mas como saber quando chegou minha hora?”. Tudo vai depender da sua reserva ovariana, ou seja, de como está seu estoque de óvulos.

Quer mais detalhes? Lá vai: quando as pessoas com ovários nascem, elas já vêm “de fábrica” com uma reserva ovariana milionária em folículos que, com a maturidade, vão se transformar em óvulos prontos para a fecundação. Ninguém entra, só sai. Ou seja, o banco nasce cheio e vai se esvaziando com o tempo, a partir da primeira menstruação e até a menopausa. Por isso, nessa conta, o fator relógio biológico é sim importante, mas não é o único fator.‍

Ilustração do processo de produção de óvulos. Uma planta começa a florir e murcha, simbolizando o período fértil.

‍Já que a conta é sempre de subtração, a mesma pessoa terá menor reserva ovariana aos 40 do que tinha aos 28. Mas, já que o cálculo é individual e não depende só da idade, duas pessoas diferentes – uma com 27 e outra com 37 anos, por exemplo – podem ter estoque de óvulos semelhante, mesmo tendo uma diferença de idade de dez anos. Isso acontece porque fatores como estilo de vida (uso de álcool e tabaco, estresse, má alimentação e sedentarismo) e histórico médico também contam.

“E como saber quem sou eu na fila da reserva ovariana?”.

Resposta: pelo exame AMH

Esse hormônio é produzido por aqueles folículos imaturos de que a gente falou agora pouco. Ou seja, ele mostra quanto desse material as pessoas com ovários ainda têm, qual é o potencial desse organismo de gerar óvulos maduros e, consequentemente, como está sua vida fértil.

Como assim? Quanto custa congelar óvulos? 

‍Isso mesmo: o preço de congelar óvulos é contado por ciclo, ou seja, por quantas vezes é necessário tentar extrair material ovariano até que se consiga coletar entre 8 e 15 “ovinhos” saudáveis. O preço de uma dessas “tentativas” varia bastante, e se altera de região para região e de acordo com a clínica escolhida na hora de congelar.

Quem tem reserva ovariana numerosa e de boa qualidade, geralmente precisa que o ciclo seja realizado apenas uma vez. Já em casos de pessoas com índices qualitativos e/ou quantitativos menores, talvez seja necessária a realização de dois ciclos de congelamento ou mais – até que se atinja coleta suficiente.

Tem como congelar óvulos pelo SUS?

‍No Brasil, quem protagoniza o serviço de congelamento de óvulos são as clínicas particulares. Poucos hospitais públicos do país oferecem o procedimento e esses geralmente têm longas filas. Além da grande demanda, a prioridade é para pacientes em tratamento oncológico.

É possível congelar óvulos pelo convênio médico?

‍Depende. Nos casos em que congelar óvulos é parte do tratamento para alguma condição de saúde, a justiça já decidiu que o plano de saúde deve sim cobrir os gastos. Infelizmente, para mulheres e pessoas com ovários que adotam o congelamento como opção para a própria autonomia – sem relação com tratamentos médicos ou algo do tipo –, os convênios ainda não costumam cobrir o valor do procedimento.

Quer saber exatamente se é o seu momento de congelar óvulos?

‍Se você quer saber exatamente qual é a realidade da sua vida fértil no momento e, assim, tomar decisões com informação e autonomia sobre o seu futuro, a Descoberta da Fertilidade da Oya é sua melhor aliada. 

Durante essa jornada, a gente observa como está sua reserva ovariana e analisa as perspectivas da sua fertilidade a curto, médio e longo prazo de acordo com seu estilo de vida e histórico médico. No fim, você recebe um relatório só seu, com tudo que descobrimos juntas.

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