Convidamos amigas e parceiras que fizeram parte da jornada da Oya para o talk, a vida é fértil.
Esse evento foi inspirado por tudo que deu forma e sentido à nossa história como clínica que apoia fertilidade, natureza e potência feminina.
Em um papo sobre fertilidade e tudo que se desdobra a partir dela, recebemos a psicóloga especialista em infertilidade Liliana Seger para conversar com a Dra. Natália Ramos, expert em fertilidade da Oya.
Dessa forma, com a mediação da founder e CEO da Oya, Ste Von Staa, e a participação de uma audiência generosa e engajada, falamos sobre o conflito vivido por nós, mulheres modernas:
A sensação de que podemos tudo – quando quisermos, do jeito que quisermos – e a pressão social para dar conta desse tudo.
Para deixar o papo mais gostoso e mais completo, propomos falar sobre prazer e saúde sexual como um convite para ao autoconhecimento no talk “A descoberta do prazer”.
Recebemos a terapeuta sexual Arlete Gavranic, e Marcela Ceribelli, fundadora da Obvious (que é casa do incrível Prazer, Obvious) e autora de Aurora – O despertar da mulher exausta.
E com mediação da Dra. Juliana Sperandio completamos a tríade poderosa para trazer informações sem tabu sobre os obstáculos que existem no prazer para as mulheres.
Um mergulho na fertilidade e prazer
No meio disso, a fertilidade parece um incômodo, aquilo que ninguém quer pensar para não dar voz a medos, vergonhas e monstros que acompanham o tema.
Mas se não estamos dispostas a pensar e falar sobre isso, perdemos a chance de encarar de frente esses medos e vergonhas.
Além de criarmos meios para termos mais autonomia sobre nosso corpo e nosso futuro.
O caminho? Menos “tudo ou nada” e mais informação!
Mas não só de fertilidade permeia o cotidiano da mulher moderna, como também muita polêmica sobre o prazer feminino.
Juntamos a conversa sobre fertilidade e prazer porque entendemos que falar de fertilidade sem pensar na dimensão do prazer era deixar de fora uma parte muito importante e muito gostosa da história.
Quando estamos falando de casais heterossexuais que começa a tentar ter filhos, a dimensão do prazer é uma das primeiras a ir embora, porque ela acaba engolida por essa nova demanda.
Você quer engravidar, e agora?
Preparamos um material exclusivo e diferente de tudo que você já viu sobre como engravidar.
Voltado para pessoas do sexo feminino que estão descobrindo o universo da concepção.
Este guia vai te ajudar na sua jornada rumo à gravidez com tudo que você precisa saber antes de realizar o sonho de se tornar mãe!
E como fica o sexo na vida fértil?
O sexo deixa de ser uma via de prazer para ser o meio para um fim que parece muito maior: ter um filho.
Mesmo quem não está tentando engravidar pela via do sexo pode se ver nesse lugar também.
Afinal, o estresse e a pressão que esses tratamentos causam também deixa a gente menos disponível para acessar esses lugares de prazer.
Seja dentro de uma relação, seja nos nossos momentos íntimos a sós.
E até quem não está vivendo uma jornada de fertilidade pode se perder dessa dimensão da vida.
Uma vez que pessoas do sexo femino não são educadas para se apropriar da própria sexualidade de uma maneira positiva.
As barreiras em torno da conversa sobre fertilidade mostra como o tema está intimamente atrelado com a luta histórica das mulheres por mais autonomia sobre seus corpos.
Isso significa que a saúde sexual também merece nossa atenção e o prazer é uma dimensão importante (e ainda muito negligenciada!) da conversa.
Além da questão estrutural, existe também o dia a dia caótico, que nos tira tempo e energia para o autocuidado, e também contextos de vida específicos, como é o caso de casais lidando com a infertilidade.
Em todos esses cenários, resgatar o prazer é fundamental para uma vida mais plena, livre e até mesmo saudável.
Por que é difícil falar sobre o prazer feminino e como nos permitir adentrar mais neste caminho de autoconhecimento?
A sexualidade feminina é complexa no sentido que nos fornece diversas vias de acesso ao prazer.
Falar sobre prazer é falar sobre reconexão com o próprio corpo, sobre estabelecer limites, sobre praticar o foco no presente, e sobre entender que todo o processo vai muito além do estímulo genital.
Estudos feitos pelo Prosex (Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo) mostrou que:
- 55,6% das mulheres têm dificuldade para chegar ao orgasmo;
- 67% responderam que têm dificuldade para se excitar;
- 59,7% sentem dor na relação.
Quais são os motivos? Como nossa bagagem sócio-cultural impacta no desenvolvimento da nossa sexualidade?
Uma sociedade em que predominava amor, partilha, sensorialidade, e uma relação harmoniosa com o corpo, migra para o extremo oposto de dominação, de prazer focado apenas na procriação, de submissão física, intelectual e sexual feminina.
Sexualidade também é saúde
Existem algumas doenças que podem impactar no ciclo de resposta sexual feminina (excitação e orgasmo principalmente), e que devem ser investigadas em consulta com sua ginecologista.
Algumas delas:
- Infecções vaginais de repetição (como candidíase), infecções de urina de repetição podem alterar o macroambiente vaginal e causar desconforto durante a relação sexual;
- Alterações hormonais: uso de anticoncepcionais e/ou status climatérico podem impactar na lubrificação e na libido;
- Ansiedade e depressão: tanto as doenças em si quanto algumas medicações utilizadas para tratamento podem impactar especialmente na libido destas mulheres;
- Doenças tireoideanas: o hipotireoidismo quando não tratado pode ter consequências como queda de cabelo e unhas, cansaço, altercando do desejo sexual. Todos estes fatores podem impactar na sexualidade.
Costuma ter desconfortos ginecológicos? Falar com um ginecologista pode ajudar!
Agendar consulta onlineA masturbação é a chave?
Depois de entendermos mais sobre os motivos da repressão da sexualidade feminina, como isso permeia nossa cultura, relações e comportamentos, vamos falar sobre tecnologia.
Além disso, também queremos destacar como nosso corpo pode ser aliado dessa descoberta do que nos faz bem e nos traz saúde.
Existem diversas formas de estímulos e uma delas é a masturbação. A masturbação é uma grande aliada da descoberta do prazer e da sexualidade.
Como você enxerga a importância do prazer consigo mesma?
O Corpo pode ser visto como um mapa individual para o próprio prazer, construa o SEU mapa de prazer.
Conhecer mais de você mesma e saber como anda sua fertilidade
Com ou sem planos de engravidar, conhecer o seu corpo e a sua fertilidade te dá ferramentas para que você planejar sua vida e ter mais escolhas no futuro.
Será que você precisa mesmo congelar seus óvulos? Até quando é seguro planejar uma gravidez natural
Essas e outras perguntas não têm respostas “certas”, mas é mais fácil descobrir a melhor resposta para você a partir de dados concretos sobre o seu corpo.
Sabemos que autocuidado vai muito além da skincare e da máscara de argila, mas viemos aqui lembrar que para cuidar de si de verdade é preciso se observar por inteiro – mental, emocional e, claro, fisicamente.
Você sabe como está a sua reserva ovariana? Por que não descobrir?
Quero saber maisDica para revolucionar sua vida sexual
Fazer xixi logo depois de transar. Sabia que essa é uma das formas mais eficientes de se prevenir das temidas infecções urinárias?
Simples assim.
Isso porque o xixi consegue “lavar” a uretra e tirar dali as bactérias oportunistas.
Homenagem à nossa natureza
Fertilidade é o fio que conecta tudo isso, porque fertilidade não é um atributo limitado à capacidade biológica de se reproduzir.
A natureza é fértil, a vida é fértil. Fertilidade é criação, transformação, movimento.
Outra atração incrível do nosso evento foi uma exposição com trabalhos
Encerramos esse artigo com um convite para que você tire um tempinho para conhecer o trabalho de artistas que ajudaram a dar forma pro universo Oya: Ju Vomero, Nathalie Artaxo e Verena Smit.
Ser fértil é ser gente que cria: ideias, pessoas, sonhos, afeto, projetos, formas de ver o mundo.
Tudo isso é vida. Tudo isso é fértil.
Ser fértil não é só ser capaz de gerar alguém nas entranhas, mas simplesmente ser capaz de criar. E isso, todas somos.
Cada uma à sua maneira, Juliana Vomero, Nathalie Artaxo e Verena Smit, encontraram um meio de dar forma, linhas, contorno e cores à matéria prima que é vida, e a capacidade de produzir vida, que emana de todas nós.
Porque todo dia é dia de ver a vida com um pouco mais de beleza e inspiração.
Assim como a natureza, nós também criamos o tempo inteiro
Criar nos aproxima da terra, das flores, da água que brota na nascente, do vento que constrói novos relevos, da energia cíclica que é transferida de um ser para o outro e mantém o mundo girando.
A cada dia que levantamos da cama, tomamos decisões, compartilhamos ideias e nos permitimos ser afetadas pelo universo ao nosso redor, nós criamos a nós mesmas, um pouquinho todos os dias.
Além de fertilidade, natureza é outro ponto que conecta as mulheres e as obras que estão aqui hoje, parte importante da história da Oya.
Desde o princípio, a natureza tem sido a nossa grande inspiração.
É dela que viemos, é nela que habitamos, é em conjunto com ela que funcionamos todos os dias, por dentro e por fora – por mais que o agito da vida moderna nos afaste dessa percepção.
Nada mais lógico, portanto, do que fazer da natureza o centro do nosso pequeno mundo.