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Adenomiose e endometriose: tem diferença? Pode virar câncer?

Cólicas muito fortes, dores na relação sexual, ciclo menstrual irregular e crescimento de tecido endometrial fora do útero: esses são apenas alguns dos sintomas da adenomiose, um problema ginecológico muito comum, mas que pode se agravar. 

Mas pera aí: esses sintomas também não são característicos da endometriose?

Se você se perguntou isso, saiba que tem razão: adenomiose e endometriose são doenças bem parecidas, mas não são iguais — e podem ter efeitos diferentes na nossa fertilidade. A Oya te ajuda a entender qual a diferença entre elas e te explica tudo o que você precisa saber sobre a adenomiose: sintomas, tratamento e até se ela pode (ou não!) virar câncer.

O que é adenomiose?

Como explicamos, a adenomiose é uma doença marcada pela presença de tecido endometrial (aquele que forma a camada mais interna do útero) no miométrio, a parte muscular do órgão. Isso faz com que ela cresça, causando desconforto.

É um problema bastante comum, que atinge de 20% a 35% das pessoas, e há mais de 150 mil casos por ano no Brasil, principalmente entre quem já teve filhos. Além disso, costuma acontecer entre os 40 e 50 anos, e pode coexistir com outras doenças ginecológicas — inclusive a endometriose.

O maior risco da adenomiose, porém, acontece quando a doença já está em um estágio avançado, podendo causar deformações uterinas. Em alguns casos, esse processo dificulta a fixação do embrião, o que torna engravidar mais difícil.

Alguns estudos sugerem que a adenomiose pode causar infertilidade feminina, além das complicações na gestação. No entanto, o seu diagnóstico não é simples, e ela tende a acontecer junto com outras doenças que afetam a fertilidade. Desse modo, não é possível afirmar que ter adenomiose significa necessariamente ser infértil

Quais são os principais sintomas da adenomiose?

Como explicamos, a adenomiose é causada pelo crescimento do tecido endometrial fora do lugar adequado. Em geral, é uma doença assintomática, que não causa dificuldades à vida da pessoa. Em casos mais sérios, porém, é possível identificar alguns sintomas, como:

Por serem sintomas muito comuns a outras doenças ginecológicas, a identificação da adenomiose acaba sendo mais difícil. Por isso, vale a pena ficar atenta às fases do ciclo menstrual, para identificar alguma anormalidade — como menstruar duas vezes ao mês com frequência, dores incapacitantes e um fluxo muito intenso.

Como saber se tenho adenomiose ou endometriose?

O diagnóstico da adenomiose e da endometriose envolvem, além de uma observação atenta dos sintomas, a realização de exames físicos e de imagem. Com uma visão mais clara da região uterina, é possível identificar casos em que o crescimento do tecido endometrial está acontecendo onde não deveria.

Vale lembrar, porém, que a adenomiose é uma doença em geral assintomática. Por isso, pode ser difícil identificá-la, principalmente nas pacientes que também sofrem com outros problemas ginecológicos.

Se você suspeita da adenomiose ou de endometriose, é fundamental procurar um médico. Uma opção simples é agendar uma consulta online com ginecologista e bater um papo sobre o que você está sentindo.

Qual a diferença entre adenomiose e endometriose?

Tanto a endometriose quanto a adenomiose são doenças ginecológicas ligadas à presença de tecido endometrial em lugares incorretos. Como explicamos, na adenomiose, esse crescimento acontece no miométrio. Na endometriose, por outro lado, o tecido aparece fora da cavidade uterina, podendo se espalhar para os mais diversos órgãos, como bexiga e intestino.

A endometriose também é um pouco menos comum que a adenomiose, afetando de 10% a 15% da população feminina em idade reprodutiva e podendo acontecer em todas as etapas da vida. Além disso, é mais comum em quem nunca teve filhos, já que costuma ter impactos na fertilidade e pode dificultar inclusive tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.

Outra diferença importante está na manifestação dos sintomas: a endometriose tende a ser um problema com maiores impactos na qualidade de vida das pessoas, enquanto a adenomiose pode nunca ser identificada porque não causa desconforto.

Quem tem adenomiose também tem endometriose?

Não necessariamente. Como explicamos, as doenças podem coexistir, mas não há indicações de que as suas causas estão interligadas. Dessa maneira, é absolutamente comum que uma pessoa tenha endometriose, mas não tenha adenomiose, ou vice-versa.

Há casos, porém, em que ambas as doenças se desenvolvem ao mesmo tempo. Nessas situações, mesmo o diagnóstico da adenomiose pode ser mais difícil, graças aos sintomas mais agudos da endometriose. Ainda assim, a consulta com uma ginecologista e os exames de imagem podem auxiliar nesse processo.

A adenomiose pode virar câncer?

Em alguns casos, sim. Alguns estudos mostram que a adenomiose está mais relacionada a maiores chances de desenvolver câncer de endométrio e de tireoide, graças à presença das proteínas P-element-induced wimpy testis (PIWI) no tecido endometrial dessas mulheres.

Mas calma: o diagnóstico de adenomiose não significa que você vai, com certeza, ter câncer. A gente explica melhor: as proteínas PIWI fazem parte das nossas células, e elas têm diferentes funções no nosso corpo. Em alguns casos, elas podem sofrer alterações que levam a uma proliferação exagerada das células, o que pode levar a um quadro de câncer — afinal, sempre que as células se multiplicam muito, pode acontecer algum “acidente” na sua formação.

Ou seja: não é uma certeza que vai acontecer, mas, como em todo crescimento acelerado de células, pode ser que role. Daí a importância de ter um acompanhamento ginecológico e manter os seus exames em dia, tá?

Qual o tratamento para a adenomiose?

O tratamento da adenomiose costuma ser medicamentoso, feito por meio do uso de contraceptivos hormonais. O objetivo é controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, já que, na maioria dos casos, a adenomiose não é grave.

Em alguns casos, pode ser recomendada a embolização da artéria uterina, processo que “fecha” a artéria e impede que o endométrio continue crescendo. No entanto, há uma alta taxa de recorrência, ou seja, é um procedimento que pode precisar ser refeito após algum tempo.

Outra opção de tratamento, sobretudo para quem quer engravidar, é a ressecação do foco de adenomiose. Mas esse procedimento deve ser acompanhado de perto, já que está relacionado a maiores chances de complicações na gravidez.

Caso o crescimento do tecido endometrial esteja muito fora de controle e tenha efeitos negativos ou perigosos na saúde da pessoa, a histerectomia pode ser considerada. Nessa cirurgia, todo o útero é retirado, o que faz com que não seja mais possível engravidar. Por isso, tende a ser uma opção apenas para casos verdadeiramente sérios.

A melhor opção para quem é diagnosticada com adenomiose, contudo, é estabelecer uma rotina saudável, com exercícios físicos regulares e dieta balanceada. A acupuntura e a fisioterapia pélvica também podem auxiliar na melhora dos sintomas e no aumento da qualidade de vida.

Onde fazer tratamento para adenomiose?

Antes de considerar um tratamento para adenomiose, é fundamental conversar com uma ginecologista e investigar o seu caso. Se você já sofre com os sintomas dessa doença, não perca tempo e procure o SOS Ginecologista da Oya Care.

Em uma consulta 100% online, você tira todas as suas dúvidas com uma equipe especializada e acolhedora. Depois, recebe todo o direcionamento necessário para investigar possíveis problemas ginecológicos, e pode agendar a sua consulta de retorno com a nossa equipe de cuidados. 

Lembre-se: a sua saúde é sua! E a Oya te ajuda a ter mais conhecimento e autonomia para tomar decisões sobre o seu corpo. Vamos juntas!

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