Ter informações corretas sobre assuntos ligados à fertilidade feminina é importante para que a gente possa basear nossas decisões na ciência e não em crenças populares. É para isso que a Oya nasceu: ser aquela referência certeira que você sempre pode usar quando bater aquela dúvida sobre o que está acontecendo com seu corpo.
O corpo feminino possui particularidades que demandam atenção especial e personalizada – o que nem sempre esteve entre as prioridades da medicina. Felizmente o cenário está mudando e hoje, com exames e análises apropriados, é possível ter acesso às informações que precisamos a respeito de fertilidade feminina.
O objetivo de tudo isso é poder realizar um planejamento de vida fértil que seja assertivo e esteja de acordo com os planos de cada pessoa, inclusive para quem não planeja ter filhos. Assim, fica mais fácil evitar surpresas lá na frente, como infelizmente acontece com quem opta por postergar a gravidez e acaba se deparando com uma reserva ovariana muito baixa.
Saber mais sobre a fertilidade feminina também te ajuda a decidir se faz sentido ou não congelar os óvulos e até mesmo identificar algum distúrbio hormonal, como a síndrome dos ovários policísticos (a famosa SOP) ou a menopausa precoce. É por isso que chamamos as jornadas de fertilidade da Oya de avaliações preventivas de vida fértil: o cuidado preventivo te dá mais tempo e autonomia para tomar decisões e se cuidar da melhor forma possível!
No entanto, é preciso ficar de olho para não ser enganada por informações erradas! O fenômeno das fake news também está presente no território da saúde, por isso aqui você encontra alguns alguns mitos e verdades sobre a fertilidade feminina, um conteúdo aprovado por nossa equipe médica para que as respostas corretas estejam na ponta da sua língua!
Só não se esqueça que nada substitui uma consulta com um especialista em fertilidade feminina, combinado? Apenas um profissional de saúde está capacitado para oferecer diagnósticos individualizados e personalizados, com orientações que estejam de acordo com seu corpo e suas necessidades.
Mitos e verdades sobre a fertilidade feminina
NOSSA RESERVA OVARIANA É INFINITA
Mito. Nossa reserva ovariana, ou seja, o “estoque de óvulos” que possuímos, começa a diminuir antes mesmo do nascimento, na fase intrauterina. Esse processo é irreversível e continua ao longo de toda a nossa vida fértil, sendo liberados mês a mês a partir da primeira menstruação, e o tempo afeta não só a quantidade, mas também a qualidade dos nossos óvulos. “Isso significa que a fertilidade feminina cai drasticamente a partir dos 35 anos para a maioria das mulheres”, explica a doutora Natália Ramos, que é uma das ginecologistas especialistas da Oya.
A MENOPAUSA MARCA O FIM DA FERTILIDADE FEMININA
Mito. Chamamos de menopausa a última menstruação da vida de uma pessoa com ovários, mas a fertilidade feminina costuma “acabar” bem antes dela, no climatério. Essa é a fase que vem antes da menopausa em si, um período que dura cerca de dez anos. Em média, mulheres brasileiras chegam na menopausa com 52 anos, mas as taxas de gravidez depois dos 40 anos giram em torno de 5% a 10%, enquanto a possibilidade de gravidez espontânea para uma pessoa de 45 anos é de apenas 1%.
CICLO MENSTRUAL REGULAR NÃO GARANTE A FERTILIDADE FEMININA
Verdade. Nem todo mundo que tem um ciclo menstrual regular está livre de enfrentar problemas relacionados à fertilidade feminina. Cada corpo é único, e a melhor maneira de ter certeza sobre sua fertilidade é conhecer seu corpo por completo, com dados concretos que digam exatamente o que está acontecendo aí dentro. A Descoberta da Fertilidade, por exemplo, é um meio eficaz de saber mais sobre sua reserva ovariana, um fator com impacto direto na sua vida fértil. “O resultado do exame HAM (hormônio antimülleriano), juntamente com a consulta virtual, podem ajudá-la a entender isso com profundidade e a programar a sua vida fértil”, explica Natália Ramos.
É POSSÍVEL ENGRAVIDAR COM A SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP)
Verdade. A SOP pode até dificultar a vida de muitas pessoas na hora de engravidar, mas isso não quer dizer que portadoras da síndrome são necessariamente inférteis. Cerca de 50% das mulheres com SOP conseguem engravidar naturalmente, sem a ajuda de especialistas em reprodução humana.
USAR CONTRACEPTIVOS HORMONAIS POR MUITO TEMPO PODE PREJUDICAR A FERTILIDADE FEMININA
Mito. Utilizar métodos contraceptivos hormonais não leva à infertilidade. Esses métodos, principalmente a pílula, somente inibem a ovulação em função da carga hormonal. Pode acontecer do ciclo demorar um tempo para se regularizar após a interrupção do uso do contraceptivo, e alguns métodos, como as injeções hormonais, podem atrasar os planos de gravidez em alguns meses, mas aos poucos tudo volta ao normal e é possível engravidar naturalmente sem problemas.
A IDADE É A PRINCIPAL CAUSA DE INFERTILIDADE FEMININA
Verdade. Como comentamos alguns tópicos acima, nossa reserva ovariana diminui com o passar do tempo. Em média, é a partir dos 35 anos que todas as pessoas com ovários começam a perder óvulos de maneira mais acelerada. Portanto, pela oferta limitada de óvulos, quanto mais idade uma mulher tiver, mais dificuldade ela pode ter de engravidar de maneira natural. Uma das maneiras de prevenir é fazendo avaliações preventivas de fertilidade de tempos em tempos, para que você possa se planejar de acordo com o ritmo do seu corpo e procurar tratamentos caso seja necessário.
A INFERTILIDADE É SEMPRE “CULPA” DA MULHER
Mito. Quando um casal heterossexual enfrenta problemas de fertilidade, é importante que os dois lados sejam investigados.
Vamos aos números para entender melhor como isso funciona? Em relação aos casais heterossexuais…
- Cerca de 40% dos casos de infertilidade estão ligados à pessoa do sexo feminino;
- Entre 26% e 30% dos casos de infertilidade estão ligados à pessoa do sexo masculino;
- Cerca de 40% dos casos de infertilidade estão ligados ao casal como um todo;
- Entre 25% e 28% dos casos de infertilidade estão ligados a causas desconhecidas.
A INFERTILIDADE FEMININA É REVERSÍVEL
Verdade. Ou melhor, depende. Existem fatores reversíveis que podem prejudicar a fertilidade feminina, como magreza extrema, obesidade, tabagismo, entre outras. Com tratamentos e/ou mudanças no estilo de vida, é bem provável que a pessoa consiga recuperar sua fertilidade. “Nunca dizemos que a mulher é infértil, mas que ela está infértil”, declara a doutora Natália. Existem poucos cenários que podem tornar uma pessoa infértil de maneira permanente, os principais são a menopausa e a perda ou retirada dos órgãos reprodutivos.
E aí, aprendeu bastante? Pronta para combater as fakes news? Se quiser entender ainda mais sobre o tema, já falamos sobre outros mitos da fertilidade feminina em outro post do nosso blog, confira: os mitos da fertilidade.
Tivemos a participação de uma de nossas especialistas falando sobre o assunto também em uma parceria incrível com o Blog Lábios Livres. Você pode acompanhar AQUI.