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Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar em um ano?

“Quantas pílulas do dia seguinte (PDS) posso tomar em um ano”?  – já se perguntou isso naquele momento de aperto?

Apesar de ser uma solução bastante antiga, já que foi formulada nos anos 70, muitas dúvidas (e tabus!) ainda cercam a famosa PDS. Por isso, vamos juntas que a Oya te explica como funciona e quais os perigos do contraceptivo de emergência.

Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar em um ano?

A primeira coisa que a gente precisa explicar é que a pílula do dia seguinte não é um método contraceptivo propriamente dito, mas sim um contraceptivo hormonal de emergência. Isso significa que ela é destinada para aqueles momentos em que você tem uma relação sexual sem proteção e corre o risco de uma gravidez indesejada

Ou seja, a PDS não deve ser usada de forma rotineira e não pode substituir aquele método contraceptivo de uso regular.

“Tá, mas precisa mesmo desse terrorismo todo?” Na verdade, sim! Não tem nada a ver com tabu e sim com a sua segurança: a pílula do dia seguinte é formulada com doses muito altas de hormônios (progestagênio e estrógeno), equivalente a todos os comprimidos de uma cartela de anticoncepcional, mas em um comprimido só. 

Na primeira metade do ciclo menstrual (os primeiros 14 dias de um ciclo de 28 dias), essa verdadeira bomba hormonal impede o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a ovulação. Já na segunda metade do ciclo, quando a ovulação já aconteceu naturalmente, a pílula do dia seguinte atrapalha o caminho do espermatozoide, já que deixa o muco cervical mais espesso e dificulta o transporte do óvulo 

Se usada corretamente, portanto, ela pode ser eficaz em prevenir uma gravidez indesejada, como se fosse um freio muito potente que para todo o trânsito de uma avenida movimentada ao ser ativado. Por isso, mais do que pensar em quantas pílulas do dia seguinte é possível tomar em um ano, é fundamental que você entenda o seu caráter emergencial

Aliás, sabia que o uso excessivo da pílula do dia seguinte pode cortar o seu efeito? Já já falamos sobre isso. Feito o alerta, é hora de entender mais sobre o funcionamento da PDS e tirar algumas dúvidas sobre esse “plano B” da ginecologia.

Vamos juntas?

Posso tomar a pílula do dia seguinte 7 dias depois da relação?

Não! É recomendado que você tome a pílula do dia seguinte em até no máximo 72 horas depois da relação sexual. Ou seja, só faz sentido tomar o contraceptivo de emergência em até três dias depois do sexo sem proteção e, ainda assim, as chances de o comprimido surtir efeito vão diminuindo com o passar do tempo.

Para se ter uma ideia, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o método de Yuzpe  (no qual a pílula do dia seguinte (composta de estrogênio e progestagênio) é tomada em duas doses, sendo a primeira o mais próximo possível da relação sexual desprotegida e a segunda, 12h depois da primeira) apresenta taxas de falha de 2% quando utilizado entre as primeiras 0 e 24 horas, de 4,1% entre 25 e 48 horas e de 4,7% entre 49 e 72 horas depois do sexo.

Após esse prazo, as chances de falha ficam cada vez maiores e você pode corre mais risco de passar por complicações.

A pílula do dia seguinte serve para quantas relações?

O uso da pílula do dia seguinte tem a sua eficácia medida pelo intervalo de tempo entre a relação sexual e a ingestão do comprimido e não pela quantidade de vezes que a pessoa transou

Se você transou mais de uma vez sem proteção na mesma noite, mas tomou a pílula em até 72h, a eficácia seguirá a informação da bula. Mas é importante você entender que o contraceptivo de emergência não vai te proteger em relações posteriores

Como a gente já comentou, a pílula do dia seguinte impede a ovulação, a fecundação e a fixação do embrião no momento da relação e tem eficácia desde que tomada em até 72 horas depois do sexo desprotegido.

Posso tomar mais de uma pílula do dia seguinte por mês?

Apesar de não existir uma resposta definitiva para a pergunta “quantas pílulas do dia seguinte posso tomar em um ano?”, ginecologistas não recomendam que você recorra à contracepção de emergência mais de uma vez por mês. De acordo com a recomendação dos fabricantes, não é recomendado tomar a pílula do dia seguinte mais de três vezes por ano.

Isso por causa das questões que nós já comentamos antes: aumento da taxa de falha e alta dosagem de hormônios, além dos efeitos colaterais severos que podem durar meses.

Existem contraindicações para o uso da pílula do dia seguinte?

Apesar de dever ser usada com moderação, a única contraindicação absoluta para o uso da pílula do dia seguinte é em casos de gravidez confirmada

Mesmo assim, é indicado que pessoas com histórico de AVC (acidente vascular cerebral), que já tenham passado por algum evento tromboembólico, que sofram com enxaquecas severas e/ou com diabetes e complicações vasculares usem a versão da pílula com levonorgestrel isolado (ou seja, aquelas só formuladas com progestagênio).

A pílula do dia seguinte protege contra ISTs?

Como a gente já comentou no post sobre métodos contraceptivos de barreira, a camisinha (seja peniana ou vaginal) é a única forma de proteção contra a maioria das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

Por isso, não: a pílula do dia seguinte não pode te proteger contra HPV, HIV, hepatites, tricomoníase e outras doenças.

Tomar pílula do dia seguinte muitas vezes faz com que ela perca o seu efeito?

Sim! É verdade que a eficácia da pílula do dia seguinte diminui quando tomamos muitas vezes seguidas. Isso acontece por causa da soma das sucessivas taxas de falha por exposição.

Tá, mas o que é a taxa de falha? É um valor calculado pelo número de gestações a cada 100 mulheres que utilizam o contraceptivo emergencial no período de um ano. Então, supondo que a eficácia da pílula do dia seguinte seja 98%, a taxa de falha é 2%, ou seja, a cada 100 pessoas que usaram o medicamento, duas ficaram grávidas.

Esse número vai se somando a cada vez que você faz o uso da PDS, consequentemente diminuindo as chances de sucesso da contracepção.

A pílula do dia seguinte afeta a menstruação?

Depende. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 57% das pessoas que usam a pílula do dia seguinte menstruam dentro do período esperado. Outras 15% têm atraso de até 7 dias, 13% observam mais de 7 dias de atraso e 15% menstruam antes do esperado. Não é comum ocorrer sangramento após o uso.

Importante: o uso frequente da pílula do dia seguinte pode, sim, acabar desregulando o seu ciclo menstrual, por isso, mais uma vez, opte por ela apenas em casos emergenciais. Um fluxo desregulado dificulta a identificação do seu período fértil, o que contribui para os riscos de uma gravidez indesejada para quem não faz o uso de um método contraceptivo seguro.

A pílula do dia seguinte afeta a amamentação?

Não! A pílula do dia seguinte não afeta a amamentação e pode ser usada por lactantes – desde que pelo menos seis semanas depois do parto. 

Eu preciso de receita médica para comprar a pílula do dia seguinte?

Não! Tanto em postos de saúde quanto em farmácias não é exigida receita para que você adquira a pílula do dia seguinte.

A pílula do dia seguinte causa aborto?

Alguns estudos mostram que, caso seja ingerida por pessoas que ainda não sabem que estão grávidas (o que geralmente acontece no primeiro trimestre), a pílula do dia seguinte não prejudica o feto e não aumenta o risco de anomalias em seu desenvolvimento.

Isso porque ela não atua sobre um óvulo já fecundado ou um embrião, mas sim da mesma forma que os contraceptivos hormonais de uso regular: impedindo o encontro entre o óvulo e o espermatozóide.

Vamos falar sobre os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

Agora que a gente já desbravou alguns mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte, chegou a hora de conversar um pouco sobre os seus efeitos colaterais. Os mais comuns deles são:

  • Náuseas e vômitos;
  • Vertigem;
  • Dor de cabeça;
  • Dores nas mamas.

Mas fique tranquila, esses sintomas chatinhos costumam desaparecer sozinhos em até 24 horas depois de tomar a pílula.

Caso você já queira se preparar: as náuseas e vômitos podem ser prevenidos com o consumo de um remédio para enjoo uma hora antes de tomar a pílula. Outra recomendação interessante para evitar problemas no estômago é que você faça uma refeição mais reforçada antes de tomar o comprimido.

Tá, mas quais são as indicações de uso da pílula do dia seguinte?

Como a gente disse no primeiro tópico do texto, a pílula do dia seguinte só deve ser tomada em casos emergenciais. Como: 

  • Após uma relação sexual desprotegida; 
  • Em caso de acidentes com a camisinha ou outros métodos de barreira (seja conhecido ou presumido);
  • Quando você usou seu contraceptivo padrão de forma incorreta (ou seja, esqueceu de tomar a pílula, atrasou a data das injeções mensais e outros casos parecidos).

Oya recomenda: para continuar esse papo sobre pílula do dia seguinte, que tal ouvir a história da  Evelyn no quadro Alarme do Podcast Não Inviabilize?

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