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Coito interrompido pode gerar gravidez? É seguro?

O coito interrompido é uma das técnicas mais antigas para evitar a gravidez. Um estudo americano com mais de 4 mil jovens indicou, por exemplo, que cerca de 10% deles usavam o coito interrompido como única forma de proteção. Mas será que esse é o método mais eficaz?

De acordo com os dados mais recentes de contracepção, a resposta é não: o coito interrompido tem uma alta taxa de falha, e não protege contra infecções sexualmente transmissíveis. Isso não significa, contudo, que esse método não vai funcionar para ninguém, nem que ele não pode ser usado de forma mais segura. 

Ficou interessada em saber mais? Então confira este conteúdo da Oya Care sobre o assunto e entenda se o coito interrompido é sinônimo de gravidez, o que fazer para aumentar as chances de eficácia do método e quais as alternativas para ele.

O que é coito interrompido?

O coito interrompido é caracterizado pelo ato de, durante a penetração, retirar o pênis da vagina antes que a ejaculação aconteça. Para isso, é preciso que a pessoa do sexo masculino seja capaz de “pressentir” o momento do gozo e controlá-lo.

Trata-se de um método contraceptivo natural, e também uma das práticas mais antigas para evitar uma gravidez indesejada. No entanto, o coito interrompido coloca toda a responsabilidade da proteção nas mãos de uma única pessoa, tirando a autonomia da outra de se proteger na “hora H”. 

Por isso, hoje em dia, o coito interrompido não é considerado um método contraceptivo eficaz. Além disso, ele não oferece nenhuma proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis, o que também coloca a saúde das pessoas envolvidas em risco.

Quais as chances de engravidar com coito interrompido?

De acordo com um estudo publicado na revista Contraception, o coito interrompido tem uma taxa de falha de 18-27%, para o uso típico, ou seja, quando o pênis é removido já durante a ejaculação, ou quando nem sempre dá tempo de retirá-lo. 

Isso significa que, a cada 100 pessoas que usam o coito interrompido como forma de contracepção, entre 18 e 27 poderão engravidar em um período de até um ano. A chance de engravidar, portanto, fica em torno dos 25%

Mesmo para o uso perfeito do método, isto é, quando há a retirada do pênis antes da ejaculação em todas as relações, a taxa de falha é de 4%, mais alta do que em outros métodos contraceptivos. 

Isso acontece porque o líquido seminal, também conhecido como líquido pré-ejaculatório, já pode conter espermatozoides viáveis. Assim, durante a penetração, mesmo que não haja ejaculação, pode haver a liberação de espermatozoides no canal vaginal e, portanto, há chances de gravidez.

Estou no período fértil e fiz coito interrompido. Vou engravidar?

Depende. O período fértil é o momento mais apropriado para uma gravidez, mas uma pessoa do sexo feminino, com um ciclo menstrual regular, tem cerca de 25% de chances de engravidar quando tem uma relação desprotegida dentro dessa janela. Além disso, o coito interrompido nem sempre falha. 

De modo geral, a gente não tem como saber se você vai engravidar ou não, porque são muitas as variáveis que influenciam nesse processo. A sua ovulação pode ter adiantado ou atrasado e também pode não ter havido liberação de espermatozoides viáveis, por exemplo.

O que dá pra garantir, no entanto, é que as chances de uma gravidez nesse período são muito maiores. Afinal, fora do período fértil e da fase do ciclo menstrual conhecida como ovulação, uma gravidez simplesmente não é possível.

E se eu fizer o coito interrompido tomando anticoncepcional?

O uso do coito interrompido em associação com outros métodos contraceptivos, como a pílula anticoncepcional, pode ser mais seguro. Tudo dependerá, porém, do cuidado com o uso de ambos os métodos.

Por exemplo: para quem faz o uso perfeito da pílula (ou seja, toma todos os dias, no mesmo horário), a chance de engravidar é de apenas 1%. Nesses casos, o coito interrompido apresenta menos riscos de gravidez.

Já para quem faz o uso típico da pílula (ou seja, esquece de tomar em alguns dias, ou não toma sempre no mesmo horário), as chances de engravidar aumentam para 4%. Assim, o coito interrompido pode não ser mais tão seguro.

E lembre-se: o coito interrompido e a pílula não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis. Por isso, embora haja a possibilidade de evitar uma gravidez, o mesmo não pode ser dito sobre ISTs. 

Posso tomar pílula do dia seguinte depois do coito interrompido?

Sim. O uso da pílula do dia seguinte pode ser feito até 72h após o coito interrompido, para quem deseja evitar uma gravidez. 

No entanto, a pílula do dia seguinte não é um método contraceptivo, e o seu uso indiscriminado pode fazer com que sua eficácia seja prejudicada. O recomendado é que a pílula seja usada no máximo 3 vezes por ano.

Além disso, a pessoa que recorre à pílula do dia seguinte pode sofrer alguns efeitos colaterais, como:

  • Náuseas e vômitos;
  • Vertigem;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nas mamas;
  • Ciclo menstrual desregulado.

O coito interrompido pode ser seguro?

Se usado em associação com outros métodos contraceptivos, sim, o coito interrompido pode ser uma forma de evitar uma gravidez indesejada. No entanto, tudo depende do seu uso do outro método e dos seus conhecimentos sobre o seu corpo e o seu ciclo menstrual.

Os métodos contraceptivos hormonais — como a pílula anticoncepcional, alguns tipos de DIU e o Implanon — impedem a ovulação, o que faz com que o coito interrompido tenha menos chances de causar uma gravidez. 

Já os métodos contraceptivos de barreira — como o diafragma e o espermicida —, apesar de eficazes para evitar a gravidez, não impedem a ovulação e têm taxas mais altas de ineficácia (com exceção do DIU não hormonal e da camisinha, é claro). Isso significa que, caso o coito interrompido “falhe”, você está um pouco menos segura.

E é sempre importante lembrar: quando falamos em sexo seguro, falamos também da transmissão de infecções sexualmente transmissíveis. Nesse quesito, o coito interrompido não oferece nenhuma segurança, não importa quais medidas sejam tomadas. Afinal, mesmo sem sintomas aparentes, uma pessoa pode carregar um vírus “adormecido” e passá-lo para outras pessoas durante o sexo sem camisinha.

Quais as vantagens e desvantagens do coito interrompido?

Na Oya, somos grandes defensoras da autonomia para tomar decisões sobre o seu corpo. A verdade é que não existe um método contraceptivo perfeito para todo mundo, e a melhor forma de optar por um ou outro é conhecendo as vantagens e desvantagens que ele oferece. 

Por isso, separamos os principais benefícios e malefícios do coito interrompido. Olha só:

Vantagens do coito interrompidoDesvantagens do coito interrompido
– Método sem custos;
– Pode ser usado por qualquer pessoa;
– Se combinado com outro método, pode ser eficaz na prevenção da gravidez.
– Alta taxa de falha;
– É difícil de controlar a ejaculação;
– Pode gerar desgaste psicológico;
– As secreções pré-ejaculatórias já podem conter espermatozoides;
– Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis.

Qual a alternativa ao coito interrompido?

Se o coito interrompido não é um método contraceptivo muito atrativo para você, existem várias alternativas que podem ser adotadas para evitar uma gravidez indesejada. Tudo depende do seu estilo de vida e do que você acredita que faz sentido no seu dia a dia.

Para quem não quer ou não pode usar hormônios, os métodos contraceptivos de barreira podem ser uma opção. Dentre eles, destacamos:

Os métodos contraceptivos naturais também são uma boa escolha, mas, nesse caso, é preciso ter um conhecimento mais profundo sobre o seu ciclo menstrual e o seu corpo. Também é necessário mais atenção aos “sinais” que o seu organismo manda e às mudanças de rotina — afinal, nosso corpo não é um reloginho, e variações na nossa alimentação, saúde mental e exercícios, embora normais, podem contribuir para atrasar a ovulação, por exemplo.

Se, por outro lado, você não é contra o uso de hormônios, existem ainda mais opções no mercado: a pílula, o adesivo anticoncepcional e a injeção anticoncepcional costumam funcionar bem para quem não se incomoda de tomar o medicamento com certa frequência; o DIU e o Implanon são alternativas vantajosas para quem não quer ou não consegue ter o compromisso diário/mensal do contraceptivo.

A melhor maneira de entender como substituir o coito interrompido por um método mais eficaz, contudo, é conversando com uma ginecologista. Na Oya Care, você pode agendar uma consulta focada em conversar sobre o seu método contraceptivo, para tirar todas as suas dúvidas com uma médica especializada no assunto. Vamos juntas?

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