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Como um casal homoafetivo pode ter filhos? Veja 3 maneiras!

A construção de famílias LGBTQIAP+ foi uma conquista tardia no Brasil: apenas em 2011 o Supremo Tribunal Federal equiparou os direitos de casais homoafetivos aos de casais heterossexuais, passando reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo. A possibilidade de adoção, no entanto, só virou uma realidade em 2015.

Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina aprovou o uso de técnicas de reprodução assistida em casais homoafetivos em 2013. E, cerca de dez anos depois, os avanços na ciência vêm tornando possíveis cada vez mais formas de esses casais formarem suas famílias.

Por isso, a Oya Care preparou um conteúdo completo sobre como casais homoafetivos podem ter filhos biológicos hoje. Vamos juntas?

Como um casal homoafetivo feminino pode ter filhos?

Para pessoas do sexo feminino que desejam engravidar juntas, existem duas opções seguras e comumente adotadas pelas clínicas de reprodução assistida: a inseminação artificial e a fertilização in vitro

Quer saber mais sobre elas? Continue lendo!

Inseminação artificial

A inseminação artificial é o procedimento no qual o sêmen de uma pessoa doadora é introduzido no útero de uma pessoa do sexo feminino. Todo o procedimento é rápido e indolor, dispensando, inclusive, o uso de anestesia. O contato do sêmen com o óvulo liberado pode gerar uma fecundação e, a partir daí, a gestação pode ter início.

Confira o passo a passo da inseminação artificial:

  1. Estimulação ovariana: nesta etapa, a pessoa que receberá o sêmen faz uso de alguns medicamentos para estimular a ovulação;
  2. Coleta de sêmen: a pessoa doadora faz a doação do sêmen (de forma anônima), que é levado para um laboratório. Lá, são selecionados os espermatozoides com maior capacidade de fertilizar o óvulo; ou ainda, utilizamos sêmen de doadores comprados em bancos de gametas, regulamentados e autorizados pela Vigilância Sanitária (ANVISA);
  3. Inseminação artificial: com auxílio de um cateter, os espermatozoides selecionados são inseridos na cavidade uterina, onde entrarão em contato com o óvulo liberado;
  4. Exame final: para avaliar se a inseminação foi bem-sucedida, é feito um exame de gravidez 14 dias após a inseminação.

Para que esse procedimento seja bem sucedido, é fundamental contar com uma clínica especializada no assunto — como a Oya Care! Além disso, vale a pena ter em mente que o preço da inseminação artificial pode variar de acordo com a região e as clínicas médicas. 

Na Oya, porém, acreditamos que a transparência com os nossos valores favorece a autonomia. Por isso, disponibilizamos essa informação de cara: a nossa inseminação intrauterina custa entre R$2.700,00 e R$3.500,00. Nesse valor está incluso: consultas, medicamentos, acompanhamento e o procedimento em si. Apenas o valor do sêmen deve ser pago a parte e o custo pode variar entre R$1.000,00 e R$9.000,00, dependendo da escolha de casa pessoa ou casal. Ou seja: você não tem gastos surpresa no meio do caminho. Quer saber mais? Agende uma consulta!

E a inseminação caseira, é segura?

Para pessoas do sexo feminino, a inseminação caseira vem se tornando uma prática cada vez mais comum, sobretudo porque é uma alternativa mais barata quando comparada à inseminação feita em clínicas de fertilização. No entanto, para quem busca um procedimento realmente seguro, esta não é uma boa opção, principalmente por não ser legalizada no país.

Os riscos são diversos, e vão desde a ausência de um controle sanitário para evitar infecções e contaminações, até a dúvida sobre a compatibilidade genética das pessoas envolvidas no procedimento. O contato com infecções sexualmente transmissíveis e o maior risco de abortos e complicações durante a gravidez são apenas alguns dos problemas que podem ser enfrentados.

Vale pontuar, ainda, que essa prática não tem regulamentação jurídica. Dentre outras coisas, isso faz com que casais homoafetivos femininos não possam registrar, juntas, um bebê nascido de uma inseminação caseira, já que não possuem o laudo da clínica de reprodução humana, exigência do Conselho Nacional de Justiça.

Fertilização In Vitro

A fertilização in vitro (FIV) é uma das técnicas de reprodução assistida mais usadas no mundo. Nela, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide é feita em um ambiente controlado (um laboratório) e, em seguida, o óvulo fecundado (agora chamado de embrião) é implantado no útero da pessoa que passará pela gestação.

O passo a passo da FIV é o seguinte:

  1. Estimulação ovariana: a cada ciclo menstrual, uma mulher libera apenas um óvulo. Na FIV, porém, com auxílio de uma medicação específica, aumenta-se a produção de óvulos e amplia-se o número de óvulos maduros aptos a serem coletados;
  2. Coleta dos gametas: a coleta dos gametas femininos (óvulos) é realizada a partir da punção ovariana, um procedimento simples e que ocorre com sedação leve. Já a coleta dos gametas masculinos (espermatozoides) acontece por meio da doação de um doador ou de um banco de sêmen;
  3. Fertilização in vitro: unidos em um laboratório, os gametas são combinados e o óvulo é, nesse processo, fecundado pelo espermatozoide;
  4. Transferência do embrião: o embrião (um ou mais) com maiores chances de se fixar ao endométrio é transferido para o útero, onde poderá se desenvolver.

Cerca de 12 dias após a transferência, é feito um teste de gravidez para investigar se o procedimento foi bem-sucedido. Os efeitos pós-FIV podem incluir inchaço e cólicas leves, mas não impedem a pessoa de voltar às suas atividades normais.

O preço da fertilização in vitro costuma variar de acordo com as clínicas e regiões. Na Oya Care, ele é de R$28.500, para quem não tem óvulos congelados com a nossa equipe. Nesse valor está incluso tudo o que você precisará ao longo do processo, menos os custos relativos ao sêmen, caso você opte por utilizar gametas de um doador. Na Oya você conta com médicas especialistas em fertilidade para acompanhar todo esse processo, e com condições de pagamento especiais.

Como funciona a gestação compartilhada na FIV?

Ambas as pessoas dos casais homoafetivos femininos que optem pela fertilização in vitro podem participar desse processo com a maternidade compartilhada, através do método “Reception of Oocytes from Partner” (ROPA, ou “Recepção de óvulos da parceira”, em tradução livre). Com ele, é possível que as duas partes do casal participem da gestação: uma, com os óvulos; outra, da gravidez em si. Alguns casais, inclusive, optam por realizar o procedimento duplamente, para que as duas pessoas engravidem de maneira “cruzada”.

Funciona assim: uma das pessoas do sexo feminino passa pelas etapas de estimulação ovariana e coleta de gametas. Depois da fecundação, o embrião é implantado no útero da outra pessoa do casal. Desse modo, as duas pessoas contribuem ativamente para a “criação” do futuro bebê.

Uma dúvida comum é se a criança herdará as qualidades genéticas de ambas as mães, e a resposta é: depende. As definições genéticas estão contidas no DNA, formado pelo sêmen e pelo óvulo das pessoas doadoras. No entanto, alguns estudos apontam que o bebê pode adquirir características da pessoa gestante ao longo da gravidez. Este processo é chamado de epigenética.

Evidentemente, essas características não serão tão significativas quanto aquelas que estão no DNA. Ainda assim, a gestação compartilhada é uma maneira segura de garantir que um casal homoafetivo feminino participe ativamente da gestação do seu futuro bebê.

Como um casal homoafetivo masculino pode ter filhos?

Para casais homoafetivos masculinos, as opções de reprodução assistida exigem a participação de uma pessoa do sexo feminino disposta a ceder temporariamente o seu útero. Nesse cenário, a opção mais segura é a fertilização in vitro (FIV).

Fertilização In Vitro com cessão temporária de útero

Assim como acontece com casais homoafetivos femininos, na fertilização in vitro para casais homoafetivos masculinos há a estimulação dos ovários da pessoa do sexo feminino e a coleta de gametas da pessoa do sexo masculino. Esses óvulos devem vir de um banco de doadoras de óvulos. Por lei, a pessoa que cede o útero não pode ceder também os gametas, uma vez que este arranjo pode configurar um vínculo materno.

Em seguida, em laboratório, os gametas são unidos e o óvulo fecundado pode ser implantado. Depois, são feitos exames para acompanhar a evolução da gravidez e identificar se o tratamento foi eficaz.

Durante esse processo, a parte mais “difícil” é encontrar uma pessoa do sexo feminino que aceite passar pelo processo de gestação para o casal. Essa pessoa receberá os medicamentos hormonais que preparam o seu endométrio (parte interna do útero) para receber o futuro embrião, além de vivenciar todo o processo de uma gestação para outro casal.

O chamado “útero de substituição”, de acordo com a legislação brasileira, pode ser cedido por parentes de até quarto grau do casal — o que inclui mães, tias, primas, irmãs etc. Caso não haja possibilidade na família, o casal deve solicitar autorização ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para usar uma outra opção.

Embora a “barriga de aluguel” seja popularmente conhecida, é importante mencionar que a relação comercial entre a pessoa que cede o útero e o casal é estritamente proibida pelo CFM. Assim como na doação de sêmen e de óvulos, todo o processo precisa ter total consentimento e ser sem fins lucrativos.

As chances de sucesso dependem da idade da pessoa cessora do útero, da qualidade dos gametas (masculinos e femininos) e do histórico de saúde dos envolvidos. Para pessoas do sexo feminino com menos de 35 anos, a taxa de sucesso chega a 60%.

Sou LGBTQIAP+ e quero ter filhos. Por onde começar?

O primeiro passo para quem faz parte da comunidade LGBTQIAP+ e quer ter filhos biológicos é encontrar a clínica de reprodução assistida ideal para você. Afinal, esse é um processo que costuma mexer com diferentes áreas da nossa vida, e ter apoio e confiança no time que está te acompanhando faz toda a diferença.

Se você é de São Paulo (SP), a Oya Care pode te ajudar nesse processo. Nossa clínica é pensada para promover acolhimento e segurança. Ao lado das nossas médicas especialistas em fertilidade, você tira todas as suas dúvidas ao longo dessa jornada.

Para saber mais sobre alternativas de reprodução assistida para casais homoafetivos e solicitar orçamentos, você pode agendar uma consulta com uma das nossas médicas ou entrar em contato pelo WhatsApp com a nossa equipe de cuidados. A Oya acredita que todas as famílias merecem cuidado e autonomia para tomar decisões. Vamos juntos?

ESCRITO POR

Dra. Natalia Ramos Seixas

REVISADO POR

Dra. Natalia Ramos Seixas

A Dra. Natalia Ramos Seixas é a líder médica da Oya Care, especialista em fertilidade e reprodução humana.

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