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É mais fácil engravidar do segundo filho? Quando buscar ajuda?

Você já deve ter se perguntado: será que é mesmo mais fácil engravidar pela segunda vez? Taí uma questão clássica que surge com frequência nas consultas ginecológicas. A resposta, porém, pode surpreender: não é porque você já gestou anteriormente que o processo até parir um novo bebê vai ser mais fácil.

Já ouviu o ditado que diz que cada gravidez é única? Pois então. Ele vale tanto para os diferentes sintomas que podem aparecer durante o período, quanto para o momento da concepção. Isso porque engravidar de novo, seja do segundo ou terceiro filho, é uma questão que envolve muuuitos fatores.

Quer saber mais? A Oya te conta!

É mais fácil engravidar do segundo filho? 

Apesar de a decisão da primeira gestação geralmente causar mais dúvidas e inseguranças,  é comum que casais percebam uma dificuldade maior para tornar realidade o sonho de engravidar do segundo filho.

Segundo pesquisas, cerca de 50% das tentantes levam de 18 a 59 meses para conseguir engravidar novamente. Da mesma forma, 20% delas demoram mais de 60 meses para gestar e 30% precisam de menos de 18 meses.

Também conhecida como infertilidade secundária, essa é uma questão que, como os dados mostram, atinge muitas famílias. A boa notícia é que 1) não estamos falando de uma verdade absoluta e 2) as possíveis dificuldades podem ser contornadas de forma relativamente simples. Vamos entender essa história a fundo?

O que muda na hora de engravidar do segundo filho?

O que exatamente muda da primeira para a segunda gravidez pode variar bastante de gestante para gestante, mas, geralmente, as diferenças percebidas são consequências de adversidades que a pessoa passou entre a primeira gravidez e a nova concepção.

Você viveu durante esse tempo, e seu corpo é prova viva disso. Como resultado, não é incomum que o corpo leve algum tempo para se preparar para gerar um segundo filho.

O fator mais importante, porém, é o tempo. Quanto maior o intervalo entre as gestações, maior é a idade da tentante, o que pode ter como resultado a diminuição da sua reserva ovariana e, portanto, da sua fertilidade. Isso pode significar que uma segunda, terceira, quarta (e assim por diante) gravidez natural pode demorar mais a acontecer.

Isso não significa necessariamente que você vai ser diagnosticada com infertilidade feminina. Antes de isso poder acontecer, é necessário ter entre 6 meses (para mulheres com menos de 35 anos) e 1 ano (para mulheres com mais de 35 anos) de tentativas regulares.

Quais fatores influenciam na gestação de um segundo filho?

Feitas as devidas considerações, podemos começar a entender melhor porque engravidar do segundo filho pode ser mais difícil para algumas pessoas.

Alguns fatores, como estilo de vida, o tempo entre uma gestação e outra e até a pouco falada infertilidade masculina, podem aumentar essa dificuldade para engravidar. Vamos entender isso melhor?

1. Idade

A gente já falou por aqui sobre a reserva ovariana, dado fundamental quando o assunto é fertilidade. Ela diz respeito ao “estoque” de óvulos que cada pessoa possui. Nascemos com todos os óvulos que teremos ao longo da vida, e eles começam a ser liberados mês a mês a partir da primeira menstruação.

Como você pode imaginar, com o passar do tempo, a reserva de óvulos diminui — e quanto menor ela for, maior o risco de ter dificuldades para engravidar do segundo filho. Assim, sabemos que existe de fato uma regressão na fertilidade espontânea da mulher, o que se intensifica ao longo dos anos.

É importante destacar que a queda da reserva ovariana não é sinônimo de infertilidade. Uma pessoa com reserva ovariana baixa pode, sim, engravidar na primeira tentativa. Contudo, para não gerar frustrações, é importante entender que à medida que sua reserva ovariana diminui, é provável que o teste positivo demore um pouco mais.

Mas fique atenta: se estiver tentando regularmente há mais de 12 meses e ainda não engravidou, é hora de procurar ajuda de um especialista. Se você tem menos de 35 anos, esse tempo diminui para 6 meses. Uma médica especialista em fertilidade vai investigar a fundo as causas dessa dificuldade, além de oferecer orientações e sanar dúvidas referentes a uma gestação mais “tardia”. 

2. Ciclos anovulatórios e a menopausa

A anovulação, ou a ausência de ovulação, é uma condição bastante comum em momentos de transição hormonal, como o climatério, período que antecede a menopausa.. Apesar de acontecer de forma recorrente (e de muitas vezes nem ser notada), a anovulação pode se tornar uma condição crônica (ou seja, durar muito tempo), causando a infertilidade feminina.

Mas fique tranquila! Como em grande parte dos casos, este problema pode ser contornado com ajuda médica especializada. Aqui, a recomendação é a mesma dada anteriormente: a hora de falar com um especialista em reprodução humana é após 12 meses de tentativas frustradas ou 6 meses se você tem mais de 35 anos.

3. Fator tuboperitoneal

Outra questão que pode atingir tentantes são os chamados fatores tuboperitoneais, que nada mais são do que alterações e anormalidades na superfície (ou na camada de proteção) dos órgãos pélvicos.

‍Algumas dessas condições são causadas por infecções, pela ação prolongada de uma endometriose e até mesmo pelo efeito de cirurgias. Se identificou? Hora de buscar ajuda médica!

4. Estilo de vida

A idade é só um dos pontos de atenção para engravidar do segundo filho — seu estado de saúde também é super relevante quando falamos de fertilidade.

Entre uma gravidez e outra podem aparecer alguns probleminhas novos, como desequilíbrios hormonais, infecções sexualmente transmissíveis ou até cicatrizes e sequelas da gravidez anterior.

Da mesma forma, uso de álcool e cigarro, problemas para dormir, falta de exercícios físicos e alimentação pouco balanceada são capazes de te prejudicar na hora de “encomendar” o segundo filho.

Sim: tudo isso pode influenciar sua nova gestação. Por isso, caso esteja pensando em engravidar de novo, recomendamos que você comece a olhar com mais cuidado para os seus hábitos.

5. Cesáreas

O Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal aponta que cerca de 84,76% dos partos realizados pelos planos de saúde no ano de 2019 aconteceram com cirurgia cesariana.

Embora seja fundamental em alguns casos, é importante falar do impacto que essas cirurgias podem oferecer ao bem-estar da criança, além dos riscos para o sucesso de uma nova gestação. Isso porque estima-se que quem passou por uma cesárea chega a apresentar 60% mais chances de desenvolver a chamada subfertilidade.

Nessa condição, as chances de engravidar não são nulas, mas são retardadas. Ou seja: a gravidez demora mais para acontecer de forma natural, o que pode gerar frustração nos casais.

6. Amamentação

Mulheres que tiveram o primeiro bebê recentemente e já querem planejar o segundo filho precisam ter em mente que a amamentação pode adiar o retorno da menstruação e, consequentemente, da ovulação.

Esse fenômeno se deve à inibição de um hormônio chamado GnRH, responsável por estimular outros dois hormônios: o folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Estes, por sua vez, têm como função a regulação do ciclo menstrual e a maturação dos óvulos.

Assim, é recomendado que se espere até o desmame da primeira criança para dar início às tentativas de engravidar do segundo filho.

7. Altos níveis de estresse e cansaço

Apesar de considerados puramente emocionais, o cansaço, a ansiedade e o estresse também podem resultar em desafios na hora de engravidar do segundo filho.

Sobrecarga com os cuidados com as crianças, dificuldades no trabalho, questões financeiras… A lista de razões para a fadiga e efeitos negativos na saúde mental poderia ser infinita. Além disso, esses inconvenientes podem afetar, e muito, o tempo a sós do casal tentante.

A principal recomendação, nesse caso, é contar como uma rede de apoio. Caso isso não seja possível, você pode tentar adotar um estilo de vida mais saudável, com exercícios físicos e uma alimentação equilibrada. Além disso, cuidar do sono e ter um tempo de qualidade com o seu parceiro ou parceira também pode fazer toda a diferença.

8. A fertilidade do outro

Parece óbvio, mas às vezes precisamos lembrar que a saúde do parceiro também entra na roda quando falamos de fertilidade. Afinal, o óvulo precisa do espermatozoide para ser fecundado. O que a ciência revela é que, mesmo que a influência do homem muitas vezes seja negligenciada, a infertilidade masculina desempenha um papel importante em até metade dos casais com dificuldade para engravidar.

Em muitos casos, a saúde física e psicológica deles também gera impactos no momento da concepção. Isso porque quem nasce com um corpo biologicamente masculino realmente produz espermatozoides desde a puberdade até o fim da vida, mas essas células também perdem a qualidade com o passar do tempo.

Além disso, outros problemas podem afetar a fertilidade masculina, como o surgimento de varizes. No caso deles, a varicocele pode atingir o saco escrotal, e é hoje a principal causa de infertilidade em pessoas com testículo.

Lembre-se: não existem culpados

Você já ouviu a expressão “ventre seco” nas novelas de época? Por muito tempo, as mulheres levaram a “culpa” sozinhas pela dificuldade que alguns casais heterossexuais encontram em conceber, como se elas fossem as únicas responsáveis por gerar uma vida. A expressão também revela a maneira pejorativa como eram vistas as mulheres que enfrentavam desafios na hora de conceber.

Longe de perpetuar estigmas, o que realmente importa quando pontuamos fatores que aumentam a dificuldade para engravidar é o olhar preventivo sobre a nossa fertilidade. E isso inclui as decisões de ambas as partes do casal.

Quero engravidar de novo. Por onde começar?

Para quem deseja engravidar do segundo filho, mas não sabe se vai enfrentar dificuldades, a melhor opção é conhecer a Descoberta da Fertilidade. Essa avaliação preventiva investiga a sua reserva ovariana e, ao lado de uma médica especializada no assunto, avalia as suas opções para uma gravidez segura, agora ou no futuro.

O processo é feito totalmente online e, no final, você recebe um relatório personalizado completo, que você pode usar para tomar decisões com mais confiança. Ou seja: Oya te ajuda a ter mais informação e autonomia na hora de decidir sobre o seu corpo. Vamos juntas?

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